Operação investiga suspeito de ameaçar invadir escolas para cometer massacres, em João Pessoa.
Roupas e celular usados por paraibano para gravar vídeos com ameaça de ataques a escolas foram aprendidos - Foto: Divulgação/Polícia Civil
Celular e outros pertences de jovem de 19 anos foram
apreendidos. Suspeito gravava vídeos mostrando como invadiria escolas e enviava
para grupos de redes sociais.
Uma operação conjunta entre órgãos de vários estados
investiga um jovem de 19 anos suspeito de gravar vídeos onde ameaçava invadir
escolas para cometer massacres, em João Pessoa. Três mandados de busca e
apreensão foram cumpridos nesta terça-feira (8), sendo dois em João Pessoa e um
em São Paulo, na segunda fase da operação Pessinus.
De acordo com o delegado João Ricardo, titular da Delegacia
de Crimes Cibernético, em João Pessoa, o alvo de João Pessoa não chegou a ser
preso, mas o celular, roupas usadas nos vídeos, e outros pertences dele foram
apreendidos durante a ação.
“Ele chegou a gravar e postar vídeos, mascarado, informando
como ia entrar em uma determinada escola [de João Pessoa], mostrando a entrada
e a saída, e como entraria lá e mataria pessoas", disse o delegado.
Segundo João Ricardo, o jovem também fez vídeos com armas de
fogo, que a a polícia não sabe se são reais ou simulacros, já que não foram
encontradas na ação desta terça. "Além de planejar, ele também mostrava o
planejamento destes crimes para amigos nas redes sociais, para instigar outras
pessoas, de outros estados, a fazer a mesma coisa”, disse.
A operação iniciou com o trabalho do Grupo de Investigação de
Crimes Cibernéticos (CyberGaeco) do Ministério Público de Santa Catarina,
notadamente com a detecção da existência de perfis em redes sociais que
demonstravam a intenção de cometer atos graves de violência contra pessoas,
incluindo estupros e mutilações, massacres em estabelecimentos de ensino e
culto e enaltecimento a símbolos ligados ao nazismo.
Com base nas informações recebidas, a Polícia do Piauí
instaurou inquérito e representou judicialmente por mandados de busca e
apreensão, bem como internação provisória dos adolescentes infratores. Na
primeira fase da operação, cinco mandados de busca e apreensão e dois de
internação provisória foram cumpridos em Ilha Grande (PI), Biguaçu (SC), Lucas
do Rio Verde (MT) e Macaé (RJ). A partir do que foi apreendido nesta ação, a
polícia conseguiu chegar aos nomes dos investigados desta terça-feira.
“Todos esses adolescentes, e o jovem daqui de João Pessoa,
estão interligados entre si, por meio de grupos em redes sociais. Eles se
comunicam por lá, e toda vez que a gente apreende o aparelho de um deles, nós
ampliamos a quantidade de pessoas que são investigadas”, disse João Ricardo.
As pessoas investigadas devem responder pela prática de
crimes e/ou atos infracionais análogos aos crimes de constrangimento ilegal,
ameaça, violência psicológica contra a mulher, estupro de vulnerável, apologia
de crime ou ato criminosos, bem como a incitação à discriminação ou preconceito
de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, todos cometidos pela
internet.
Por g1 PB
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