Saúde reforça necessidade de cuidados com síndromes respiratórias.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nessa
segunda-feira (4), o boletim epidemiológico de síndromes respiratórias, segundo
o qual a Paraíba tem 3.247 registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave
(SRAG), distribuídos em 191 municípios nas três macrorregiões de saúde. O
registro dos casos suspeitos de SRAG é realizado de modo descentralizado por
meio dos estabelecimentos de saúde que atendem os pacientes com essa demanda no
estado.
Conforme o último boletim epidemiológico, os dados não
demonstram nenhuma alteração no padrão de casos SRAG no estado e também não se
percebeu alteração significativa para a Covid-19. Em 2023, quando se comparam
as semanas epidemiológicas (SE) 33 com a 35, foram identificados, por exame
RT-PCR, 206 casos de Covid-19. E até a SE 23, foram 205 casos, representando
apenas um aumento de 0,5%.
Para os casos de SRAG, em 2023, até a semana epidemiológica
(SE) 35, foram identificados 1.102 vírus, por exame RT-PCR. Em relação à faixa
etária dos vírus respiratórios, percebe-se predominância geral na faixa etária
menor de 1 ano, com 43,01%. Já para o vírus respiratório sincicial (VRS), há
maior quantitativo na faixa etária menor de 1 ano, com 68,82%; seguido da faixa
etária de 1 a 4 anos para adenovírus, representando 66,67%.
Em relação ao vírus SARS-Cov-2 (vírus da Covid-19), foram
confirmados 206 casos por exame RT-PCR e a faixa etária predominante foi de
80+, com 28,64%; seguido de 70 a 79 anos, com 17,48% e menor de 1 ano, com
12,14%, o que reforça a importância e a necessidade de se ter o esquema vacinal
vacinação em dia.
Quanto aos óbitos causados por SRAG e demais vírus
respiratórios, foram registrados 50 óbitos em toda Paraíba, em maior número
registrado em Monteiro, João Pessoa e Sousa. Há um óbito em investigação, em
Santa Rita, aguardando laudo do Serviço de Verificação de Óbito (SVO).
Referente aos óbitos de covid-19, há 45 registrados até o momento, distribuídos
nas três macrorregiões de saúde, em maior número em João Pessoa, Campina Grande
e Sousa.
O secretário de Saúde da Paraíba, Jhony Bezerra, reforçou que
permanecem as mesmas orientações dos cuidados gerais para proteção da
transmissão de infecções respiratórias agudas e da covid-19. “É sempre
importante lembrar os cuidados que devemos ter para evitar a transmissão desses
vírus e, para isso, a vacina continua sendo a melhor forma de proteção contra a
covid-19 e suas variantes, bem como as síndromes gripais. Até o momento, não há
evidências da subvariante EG.5 aqui na Paraíba, por isso, mantenham seus
esquemas vacinais em dia, pois é a melhor medida de proteção contra esses
vírus, evitando casos graves e ocorrência de óbitos”, pontuou.
O secretário ainda enfatizou que o esquema vacinal precisa
estar atualizado. Quem já tomou a D1 e D2, precisa tomar a dose de reforço
disponível para o público acima de 18 anos. Também é preciso estar atento o
público infantil e de idosos, que estão mais suscetíveis aos graves riscos
gerados pela covid-19.
A Gerência Executiva de Vigilância em Saúde (GEVS) informa
que o estado da Paraíba não identificou nenhuma das novas variantes EG.5 e
BA.2.86 do SARS-Cov-2, entretanto a SES permanece realizando a vigilância
genômica (análise de características genéticas) das amostras detectáveis para
SARS-Cov-2. Para tanto, se faz necessário que todos os casos hospitalizados
tenham sua coleta de RT-PCR realizados e enviados ao Laboratório Central de
Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB).
Assessoria
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