Atriz e cantora Elizângela morre aos 68 anos. Causa foi parada cardiorrespiratória.
A atriz Elizângela do Amaral Vergueiro (foto), conhecida apenas como
Elizângela, morreu nesta sexta-feira (3), aos 68 anos de idade. Segundo
informou a Prefeitura de Guapimirim (RJ), a atriz foi socorrida pelo Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e deu entrada no Hospital Municipal José
Rabello de Mello com parada cardiorrespiratória. Apesar da tentativa de
reanimação tanto no translado quanto na unidade, ela não resistiu.
"A Prefeitura Municipal de Guapimirim lamenta a morte da
consagrada atriz. Esta é a segunda vez que o sistema de saúde do município
atendeu Elizangela. Na primeira, Elizangela deu entrada na unidade com graves
problemas respiratórios, e depois de algumas semanas, teve alta da
unidade", registra nota divulgada pelo município.
A outra internação da atriz havia ocorrido em 2022, em
decorrência de sequelas respiratórias causadas pela covid-19. Elizângela
manifestava publicamente sua posição contrária a vacinação, cujos benefícios
são cientificamente comprovados.
A atriz iniciou sua carreira aos 7 anos de idade na TV
Excelsior, e 3 anos depois passou a apresentar o programa de auditório Essa
Gente Inocente, que abria espaço para crianças apresentarem seus talentos.
Ela participou de novelas de grande audiência produzidas pela
Rede Globo, que a contratou em meados da década de 1960. Atuou, por exemplo, em
Pecado Capital (1975), Jogo da Vida (1981), Roque Santeiro (1985), Pedra sobre
Pedra (1992), O Clone (2002) e mais recentemente Força do Querer (2017) e A
Dona do Pedaço (2019).
Em 1978, ela gravou um disco intitulado Elizângela. Na época,
a música Pertinho de Você, uma das faixas, passou a figurar entre as mais
tocadas do Brasil. Elizângela teve ainda passagens pela TV Manchete e pela Rede
Record. Atuou também em diversas peças teatrais e em alguns filmes. Sua estreia
no cinema, o filme Quelé do Pajeú (1969), lhe rendeu o prêmio de Melhor Atriz
Revelação no Festival de Cinema de Santos.
Nas redes sociais, fãs e amigos prestam homenagens.
"Amiga, inteligente, divertida, aquela atriz visceral, sonho de qualquer
autor: vestia sem medo nem pudor a pele das personagens. Estou sem
palavras", escreveu Glória Perez.
O usuário da rede social X, Felipe Duarte, afirmou que
Elizângela era uma das suas atrizes preferidas. "Não tem um personagem
mediano dela. Todos foram marcantes. Enorme e irrecuperável perda da nossa
teledramaturgia".
Agência Brasil
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