Covid-19: Brasil registra mais de 44 mil novos casos da doença de 23 a 29 de outubro.
O número de mortes pela doença cresceu, com 277 novos casos
registrados. Os dados são do Ministério da Saúde.
O mês de outubro tem sinalizado para uma tendência de aumento
do número de casos de Covid-19. Dados do Ministério da Saúde mostram que entre
os dias 23 e 29 de outubro, o Brasil registrou mais de 44.200 pessoas com o
vírus Sars-CoV-2. O número é menor do que o contabilizado na semana anterior –
47 mil – mas, ainda assim, o mês de outubro registra crescimento nos
casos.
O médico infectologista Hemerson Luz diz que existe
uma explicação. “A Covid-19 apresentou uma tendência de aumento do número de
casos no mês de outubro, principalmente no Sudeste e no Centro-Oeste, incluindo
o Distrito Federal. Esse aumento pode ser atribuído à maior capacidade de
transmissão da subvariante Éris, que tem origem na Ômicron”, analisa.
A maior incidência segue nas regiões Sudeste e Centro-Oeste
do país, com destaque para Goiás, São Paulo, Minas Gerais e o Distrito
Federal, de acordo com o panorama do Ministério da Saúde. O número de mortes
pela doença cresceu no período. Foram 277 casos registrados. Os mais
números foram contabilizados nas regiões Sudeste e Sul do país.
Para Hemerson Luz, apesar de a situação estar mais
controlada, ainda é preciso ter um certo cuidado. “Mesmo com essa
tendência de aumento no número de casos, os números não vão se comparar com
aqueles encontrados no início da pandemia. Porém, sempre temos que proteger as
pessoas que são mais vulneráveis, aquelas que são dos grupos de risco e os
bebês”, aponta.
O último boletim InfoGripe da Fiocruz aponta crescimento de
casos de Covid-19 nas faixas etárias da população adulta no Paraná, Rio Grande
do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Nos estados do Sul, o crescimento
manteve ritmo lento. Por outro lado, no Distrito Federal, Goiás e Rio de
Janeiro, que apresentaram alerta de crescimento em boletins anteriores, foi
observado indícios de interrupção do aumento de casos.
Entre as capitais, seis registram aumento de casos de
Covid-19: Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Recife (PE),
Rio Branco (AC) e São Paulo (SP). Em Curitiba, Porto Alegre e São Paulo, esse
crescimento foi observado, principalmente, na população de idade avançada,
conforme o boletim.
Vacinação
As autoridades do setor de saúde esclarecem que os cuidados
contra a doença devem continuar, principalmente com relação à vacinação. O
Ministério da Saúde tem oferecido, além das doses monovalentes, doses
bivalentes para os grupos prioritários.
De acordo com a pasta, as vacinas bivalentes são as
da segunda geração do imunizante, ou seja, são aquelas que possuem em sua
composição a cepa original e subvariantes da Ômicron. Tanto as bivalentes
quanto as monovalentes, da primeira distribuição, agem do mesmo modo no
organismo, estimulando o sistema imunológico a produzir anticorpos protetores e
células de defesa contra o vírus Sars-CoV-2.
Até o momento, foram aplicadas 518.318.867 vacinas
monovalentes e 30.117.939 de vacinas bivalentes. O infectologista Hemerson Luz
explica que a imunização contra o vírus é mais uma proteção capaz de
impedir as formas graves da doença e complicações que podem levar à
morte.
“Sabemos que a vacina bivalente dá uma proteção considerável
contra essa subvariante, mas é importante que as pessoas se isolem sempre que
tiver algum sintoma respiratório gripal e manter a caderneta de vacinação
atualizada”, orienta.
Mesmo com a situação mais controlada, a estudante Renata
Sousa, de 25 anos, moradora do Distrito Federal, diz que não deixa de se
preocupar. “Eu acho que a gente nunca pode não se preocupar com a Covid-19,
porque, infelizmente, a gente perdeu muitas pessoas, as medidas que eu tomo, eu
tomei as vacinas, sempre uso álcool em gel em lugares públicos, mas eu acho que
a vacina em si já é uma boa uma prevenção”, considera.
Conforme orientação do Ministério da Saúde, quem ainda não
completou o ciclo vacinal ou está com alguma dose em atraso, pode procurar uma
unidade de saúde para se vacinar, mesmo que não esteja no grupo prioritário.
Fonte: Brasil 61 -
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