Brasil reverte trajetória de queda nas coberturas vacinais em 2023
A cobertura vacinal entre crianças parou de cair em 2023.
As informações são do Ministério da Saúde. De acordo com a pasta, os números
ainda são preliminares, mas a tendência é que a cobertura registre novo
aumento. Os técnicos observaram que, desde 2016, o Brasil vinha registrando
quedas na cobertura vacinal. Para alcançar esse resultado, a ministra da Saúde,
Nísia Trindade, diz que foi adotada uma estratégia de regionalização, mas que
precisa continuar para que os números melhorem ainda mais.
“Avançamos, mas há muitos desafios pela frente. Mas esse
avanço é decisivo e significativo para o Brasil, que já tem 50 anos do seu
Programa Nacional de Imunizações, recupere a sua cultura de imunização, motivo
de orgulho para o país e de reconhecimento internacional”, destaca.
As equipes do Programa Nacional de Imunizações (PNI)
percorreram o Brasil, ao longo do ano, realizando oficinas com as secretarias
de saúde e buscando soluções viáveis para a realidade de cada local. A
imunização extramuros, ampliação do horário das salas de imunização e busca
ativa de não vacinados são algumas das estratégias realizadas.
Vacinas que se destacaram
Conforme o Ministério da Saúde, houve melhora dos índices
vacinais para a DTP em todas as unidades da federação. Além disso, 26 unidades
federativas aumentaram a cobertura contra a poliomielite e da primeira dose da
tríplice viral. Também 24 estados tiveram alta na cobertura contra a
hepatite A, meningocócica e segunda dose de tríplice viral; e 23 melhoraram a
cobertura da vacina pneumocócica. Das oito vacinas recomendadas em um ano de
idade, sete apresentaram aumento das suas coberturas vacinais em 2023.
Entre os estados, o Piauí teve como destaque a aplicação
da primeira dose de vacina tríplice viral, passando de 82,8% para 97,8%, assim
como da poliomielite, que passou de 75,9% para 89,9%, e da DTP, que de 73,1%
saltou para 92,8%. O Espírito Santo também mostrou bom resultado na cobertura
da meningocócica e Sergipe e Rio Grande do Norte ampliaram a imunização contra
a febre amarela. Rondônia também ficou em evidência com a primeira dose de
tríplice viral, que passou de 89,2% para 99,6%, atingindo a meta preconizada.
Importância da vacinação
De acordo com o médico infectologista Hemerson Luz, as
pessoas precisam ter consciência da importância da vacinação: “Vacinar é um ato
de proteção, um ato de amor, para com aquelas pessoas que estão mais sensíveis,
mais vulneráveis, como crianças, idosos, para impedir que doenças que são
preveníveis com a vacina, voltem a assolar nossa sociedade”, lembra.
O médico Julival Ribeiro, que também é infectologista,
ainda acrescenta. “As autoridades sanitárias, o Ministério da Saúde e todos os
órgãos envolvidos na área devem cada vez mais alertar a população da
importância da vacinação para que alcancemos o melhor nível de vacinação, como
já foi em épocas anteriores”, salienta.
Ele ainda reforça: “As vacinas mais importantes são
distribuídas gratuitamente pelo Ministério da Saúde. E outras as pessoas podem
tomar em locais privados que forneçam a vacina”, informa.
O Ministério da Saúde pretende repassar mais de R$ 151
milhões para ações regionais nos estados e municípios e para o lançamento do
programa Saúde com Ciência.
Fonte: Brasil 61 –
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