Governo deve apresentar nova proposta para servidores da Educação.
Anúncio deve ser feito sexta-feira pela ministra da Gestão e
Inovação
O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou nesta
terça-feira (16) que o governo deve disponibilizar novos recursos para atender
as demandas dos servidores técnico-administrativos e professores das
universidades e institutos federais. As categorias estão em greve em boa parte
do país.
“O governo já sinalizou com recursos adicionais para que a
gente possa negociar com os servidores técnicos e servidores, a questão, não só
do plano [de cargos e salários], mas também do reajuste salarial para essa
categoria”, afirmou Santana. Nova proposta deve ser apresentada na sexta-feira
(19).
Camilo Santana falou sobre a greve dos servidores de
universidades e institutos federais em reunião da Comissão de Educação do
Senado. Ele disse que o governo tem se esforçado para encerrar o movimento
grevista e ressaltou que o MEC não tinha mais condições de, por conta própria,
aumentar a proposta para os servidores.
“O orçamento do MEC não comporta nenhuma mudança mais de
qualquer incremento, seja em pessoal ou para servidor. Então, será uma
complementação orçamentária pelo espaço que o arcabouço fiscal já tem”,
explicou o ministro, sem antecipar o valor que teria sido reservado para os
professores e técnicos administrativos das instituições federais de
ensino.
Camilo Santana informou que esse anúncio será feito pela
ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, que lidera
a negociação com os servidores. O ministro da Educação reclamou da greve e
lembrou que o governo deu reajuste de 9% para toda administração pública no
primeiro ano, após seis anos sem reajuste.
“Greve, para mim, é quando não há mais diálogo, quando se
encerraram as negociações ou toda e qualquer possibilidade de melhorias”, disse
Santana. Para o ministro, o grande problema desta greve é o prejuízo para o
Brasil e para os alunos.
Entenda
Ao menos 360 unidades de ensino aderiram à greve iniciada no
último dia 3, informa o Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica,
Profissional e Tecnológica. Entre as demandas, está a recomposição salarial que
varia de 22,71% a 34,32%, dependendo da categoria, além de uma reestruturação
das carreiras da área técnico-administrativa e de docentes.
Já os professores de universidades federais entraram em greve
nacional nesta segunda-feira (15), rejeitando a proposta do Ministério da
Gestão. Eles querem reajuste de 22,71%
em três parcelas de 7,06% por ano.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das
Instituições do Ensino Superior (Andes), a proposta do governo federal foi de
reajuste salarial zero, com aumentos apenas no auxílio-alimentação, que
passaria de R$ 658, para R$ 1 mil; no valor da assistência pré-escolar, de R$
321 para R$ 484,90, além de 51% a mais no valor atual da saúde suplementar.
Agência Brasil
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