Covid-19: nova vacina começa a ser aplicada em PE.
Estado pernambucano é o primeiro a utilizar a imunização
contra a cepa em maior circulação hoje, a variante XBB. Ministério da Saúde
comprou 12,5 milhões de doses e já iniciou a distribuição às Unidades da
Federação, que já podem atualizar os esquemas vacinais.
Assim como o vírus da gripe vai sofrendo mutações ao longo do
tempo, o Sars-CoV-2, que causa a Covid-19, também. Por isso, a cada ano é
importante que os imunizantes sejam atualizados para cobrir as novas cepas em
circulação. O Ministério da Saúde comprou de forma emergencial 12,5 milhões de
doses da nova vacina da fabricante Moderna, que inclui a proteção contra a
variante XBB.
O Ministério já iniciou a distribuição deste primeiro lote
para todas as Unidades da Federação, que já podem atualizar os esquemas
vacinais. Nesta quarta-feira (22), a vacina começou a ser aplicada em
Pernambuco. A informação é da gerente do programa de imunização do Recife,
Nádia Carneiro.
Para a gestora, a atualização da cepa da composição da vacina
é “um marco significativo”. “É um marco também a vacina fazer parte do
calendário de rotina infantil. E para o grupo prioritário, é muito importante
que esta vacina esteja disponível, porque é a composição adequada de maior
circulação, para que a gente tenha uma proteção com mais eficiência”, avalia
Nádia Carneiro.
Segundo o Ministério da Saúde, o primeiro lote será
suficiente para atender a todos que precisam neste momento e não vão faltar
doses para o público prioritário. O diretor do Departamento do Programa
Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Eder Gatti, destaca a proteção
que o novo imunizante oferece.
“Estamos trazendo uma vacina nova que tem uma cobertura para o tipo de vírus mais atual, que mais circula neste momento. É uma vacina cuja plataforma é de RNA mensageiro. Ela é segura e traz proteção contra uma cepa Omicron que circula mais”.
Público prioritário
O público-alvo da vacinação contra a Covid-19 é formado por
crianças — de seis meses até menores de cinco anos — e adultos dos grupos
prioritários, maiores de 60 anos. Também estão entre os prioritários pessoas
com comorbidades, gestantes e puérperas, trabalhadores da saúde, indígenas e
quilombolas — além de população privada de liberdade ou quem vive em abrigos.
Desde janeiro deste ano, a vacinação contra a Covid-19 para
esse público prioritário faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. Além
disso, o Ministério da Saúde passou a recomendar uma dose anual ou semestral
para grupos prioritários com cinco anos de idade ou mais e maior risco de
desenvolver formas graves da doença, independentemente do número de doses
prévias recebidas.
Segundo o Ministério, quem nunca recebeu uma dose de vacina
contra Covid-19 — e quiser se imunizar — pode começar o esquema a qualquer
momento, com a recomendação de receber duas doses, com intervalo de 28 dias
entre elas. Para isso, basta levar documento de inscrição com foto a uma
unidade de saúde.
O presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Adelino de
Melo Freire Junior, reforça que as vacinas vão sendo atualizadas de acordo com
as novas cepas dos vírus que circulam, como o que acontece com a vacina da
gripe anualmente. Por isso, os grupos mais vulneráveis precisam estar com a
vacinação em dia para não contrariem a doença.
“Essa nova vacina que chega é uma atualização necessária,
porque o vírus evoluiu e as vacinas anteriores deixam de ter uma proteção tão
eficiente. Então, a vacina nova que está chegando é necessária para a gente se
proteger de forma mais ativa contra o vírus que circula hoje”.
Outras formas de proteção devem
continuar
Com a proximidade do inverno e a queda nas temperaturas em
algumas regiões do país, aumenta a incidência de doenças respiratórias, assim
como de síndromes gripais. Por isso, medidas de proteção — além da vacina —
devem ser tomadas, como alerta o médico infectologista do Hospital de Base do
Distrito Federal, Tazio Vanni.
“Se apresentar sintoma respiratório, use máscara, cobrir o
rosto quando espirrar, reduzir um pouco a circulação, evitar espaços fechados,
sentar mais perto da janela. E se puder não expor as outras pessoas, também é
da nossa responsabilidade não fazê-lo”.
Para mais informações, acesse www.gov.br/saude.
Fonte: Brasil 61 –
Nenhum comentário