Policial penal matou ex-esposa e ex-cunhada ao se irritar com denúncia de violência doméstica e chegada da PM, diz delegado.
Policiais tinham sido acionados para um caso de violência
doméstica e ouviram os disparos ao chegar.
O delegado Diego Garcia, da Polícia Civil da Paraíba,
declarou que o policial penal Osmany de Moraes Pereira assassinou a ex-esposa e
a ex-cunhada no exato momento em que uma viatura da Polícia Militar chegava à
casa onde o crime foi cometido, chamada para atender uma denúncia de violência
doméstica. Ele disse que os policiais ainda escutaram os disparos, dados à
queima-roupa contra as vítimas, e que o suspeito atirou ao se irritar com a
presença dos policiais.
O crime aconteceu por volta das 15h30 desse domingo (2)
dentro da casa da ex-esposa, localizada no bairro João Paulo II. As mulheres
mortas foram identificadas como sendo Maria do Socorro Dias, ex-esposa do
suspeito e que tinha 64 anos, e Maria Lúcia Dias, ex-cunhada e que tinha 66
anos. As duas eram irmãs.
Foi informado também que ao menos seis pessoas estavam na
casa durante o crime, incluindo crianças. E que uma filha do casal presenciou
parte do crime sendo cometido.
Diego Garcia classificou o ocorrido como "uma
tragédia". Ele destacou ainda que o suspeito e a vítima já vinham em um
relacionamento conturbado, com inúmeras discussões e problemas. Testemunhas
informaram inclusive que não era a primeira vez que ambos brigavam.
Osmani foi preso em flagrante pouco depois do crime, quando
tentava atirar a esmo contra os policiais. O delegado disse que ele vai ser
indiciado por duplo feminicídio, praticado por motivo fútil e sem dar direito à
defesa das vítimas, e que alguns agravantes incluídos na Lei Maria da Penha vão
ser incorporados à acusação.
Por g1 PB
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