Saúde confirma primeiro caso de Febre Oropouche importado na Paraíba.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou, nesta
quinta-feira (11), o primeiro caso da Febre Oropouche na Paraíba. O paciente,
um homem de 34 anos, morador da cidade de João Pessoa, procurou atendimento
médico ao apresentar sintomas característicos da dengue, após ter viajado para
o estado de Pernambuco, onde foi contaminado. O diagnóstico para Febre
Oropouche foi confirmado por exame realizado no Laboratório Central de Saúde
Pública da Paraíba (Lacen/PB).
De acordo com a técnica das arboviroses da SES, Carla
Jaciara, a secretaria verificou, após investigação, que se trata de um caso
importado, ou seja, a infecção não ocorreu no território paraibano. “Diferente
da Paraíba, Pernambuco já tem registros da doença em 10 municípios, portanto, o
caso não pertence ao nosso estado. O paciente voltou da viagem apresentando
sintomas três dias após o retorno, fez exame para a dengue, chikungunya e zika,
e deu não detectável, porém, por termos informações do cenário epidemiológico
dos locais por onde ele passou, foi realizado pelo Lacen o exame necessário
para o diagnóstico. É importante frisar que o usuário se recupera bem, está em
casa, aparentemente saudável”, explicou.
Os sintomas da Febre Oropouche são semelhantes aos das
arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, por isso, é necessário que, ao
apresentá-los, a população procure o serviço de Saúde mais próximo para receber
o tratamento adequado. Entre os principais sintomas estão: febre de início
súbito, dor de cabeça, dor muscular e articular, tontura, dor retro-ocular,
calafrios, fotofobia, náuseas, vômitos.
Diferente da dengue, zika e chikungunya, que são transmitidas
pelo mosquito Aedes aegypti, a Febre Oropouche tem como principal transmissor o
mosquito maruim, também chamado de “muruim”, comum no território paraibano. A
transmissão ocorre por meio dos mosquitos infectados.
De acordo com o chefe do Núcleo de Fatores Biológicos e
Entomologia da SES, Nílton Guedes, o maruim é um tipo de mosquito presente
principalmente em locais úmidos. Ao contrário do Aedes aegypti, ele não se
prolifera em água parada, porém, é necessário evitar entulhos ou materiais em
decomposição. “Nós orientamos que as pessoas façam limpezas em seus quintais e
nos arredores das casas. Ao adentrar em locais onde existe a confirmação do
maruim, utilizem repelentes e roupas que cubram todo o corpo, evitando picadas
do mosquito”, frisou.
O gestor reforça que a SES está realizando durante os meses
de julho e agosto, um trabalho de captura para avaliação desse vetor, com o
objetivo de identificar possíveis regiões mais propícias para sua proliferação
que são espaços de mangue, vegetação clima úmido, plantações, e espaços com
depósito de matéria orgânica. O processo iniciará nos municípios fronteiriços
com o estado de Pernambuco: Salgado de São Félix, Umbuzeiro, Natuba, Pitimbu,
Caaporã, Pedras de Fogo, Juripiranga e Itabaiana.
Com Secom PB
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