Vírus respiratório ainda é principal causa de internações de crianças. Dados são do boletim InfoGripe da Fiocruz.
O vírus sincicial respiratório (VSR) se mantém como a
principal causa de internação e óbitos em crianças pequenas, ainda que tenha
apresentado queda nas últimas semanas, segundo o boletim InfoGripe, da Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (25).
Apesar de a análise ter observado sinais de interrupção do
crescimento ou início de redução das hospitalizações por VSR e influenza A, em
alguns estados do centro-sul ainda há crescimento dos casos do vírus influenza,
especialmente entre os idosos, e do VSR e rinovírus, em crianças em alguns
estados do Sul e Sudeste.
O boletim apontou também que alguns estados do Norte
registram continuidade do aumento de casos de VSR e rinovírus na população de
até 2 anos de idade.
O estudo aponta indícios de queda da Síndrome Respiratória
Aguda Grave (SRAG) na tendência de longo prazo no Acre, Bahia, Minas Gerais e
Roraima. Entre as capitais, cinco
têm indícios de crescimento de SRAG: Boa Vista, Fortaleza, Rio Branco, Salvador
e São Luís.
A pesquisadora do Programa de Computação Científica da
Fiocruz e do InfoGripe Tatiana Portella observa que o cenário atual da SRAG no
país é decorrente principalmente dos vírus VSR, influenza A e rinovírus.
“Apesar de o vírus influenza A ainda apresentar crescimento,
principalmente em idosos, em alguns estados das regiões Sul e Sudeste, como
Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, já é possível observar interrupção do
crescimento em alguns estados da região centro-sul”.
Covid-19
A circulação da covid-19 tem aumentado entre os idosos nas
últimas semanas em alguns estados do Nordeste e no Amazonas. Contudo, o vírus
ainda se mantém em patamares baixos quando comparado ao seu histórico de
circulação. No Amazonas, Alagoas e Pernambuco, já é possível observar um leve
sinal de aumento nas internações por SRAG em idosos devido à covid-19. No Ceará
e no Piauí a principal causa de internações por SRAG em idosos na última semana
foi a covid-19.
“Diante desse contexto, é muito importante que os hospitais e
as unidades sentinelas de síndrome gripal das regiões Norte e Nordeste reforcem
a atenção para qualquer sinal de aumento expressivo na circulação do vírus”,
alerta Tatiana Portella.
Óbitos
A mortalidade da SRAG nas últimas oito semanas foi semelhante
entre crianças pequenas e idosos. Na população idosa se destacam aquelas
associadas ao vírus da gripe influenza A e à covid-19. Na população entre 5 e
64 anos de idade, a presença do vírus influenza A domina entre os óbitos das
últimas semanas.
Agência Brasil
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