COVID-19: Brasil registra alta de 4,15% na média móvel de casos.
Organização Mundial da Saúde
alerta sobre a circulação do coronavírus no mundo
Em 2024, foram notificados
643.211 casos e 4.143 óbitos por Covid-19 no Brasil. A informação é do mais
recente informe “Vigilância das Síndromes Gripais” do Ministério da Saúde, com
dados da Semana Epidemiológica 31, que encerrou em 3 de agosto. Só na última
semana, foram contabilizados 3.914 casos, uma alta de 4,15% na média móvel de
casos na comparação com a SE 30. Já os óbitos registraram queda de 1,2% na
média móvel, com pelo menos 12 mortes pela doença na SE 31.
Os estados com maiores taxas
de incidência — entre 2,2 e 35,3 casos a cada 100 mil habitantes — foram
Distrito Federal, Acre, Roraima, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Nesta semana, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre o aumento de casos de Covid-19 no
mundo, para reforçar a importância da vacinação.
O coordenador do Núcleo de
Controle de Infecções do Hospital de Base do Distrito Federal, Julival Ribeiro,
explica que, apesar de o número de casos de Covid-19 não atingir o patamar dos
anos da pandemia, o coronavírus ainda continua circulando no Brasil e no
mundo.
“Na realidade, o vírus vem
se adaptando, ou seja, evoluindo com as novas variantes e circulando a nível
mundial. Quando nós recebemos a vacinação para a Covid-19, mesmo com os
reforços, os níveis de defesa do nosso organismo vão decrescendo ao longo do tempo
e, com isso, com essas novas variantes, podemos ter casos de infecção ou mesmo
reinfecção.”
Segundo o informe do
Ministério da Saúde, dados preliminares de maio, junho e julho apontam
predomínio da variante LB.1 (34%), seguida da JN.1 (31%), da recombinante XDR
(14%) e da KP.2 (12%). Outras variantes representam 8% dos sequenciamentos no
período. Até o momento a LB.1 foi identificada no Distrito Federal (85%), Bahia
(7,5%), Pernambuco (5%) e São Paulo (2,5%).
Prevenção
Em nota ao Brasil 61, o
Ministério da Saúde disse que “atualmente mais de 84% da população já recebeu
duas doses do imunizante [contra o coronavírus], completando o esquema vacinal
primário. Para 2024, seguindo a recomendação da Organização Mundial da Saúde
(OMS), a vacinação periódica (reforço anual ou semestral) será ofertada aos
grupos de maior risco, incluindo gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde,
imunocomprometidos e idosos (60 anos ou mais)”.
A pasta informa que ampliou
a recomendação da OMS e incluiu na estratégia de vacinação periódica outros
grupos vulneráveis na realidade brasileira, “como indígenas, ribeirinhos,
quilombolas, pessoas vivendo em instituições de longa permanência, pessoas com
deficiência permanente, comorbidades, privadas de liberdade, adolescentes e
jovens em medidas socioeducativas e pessoas em situação de rua”. E “desde
janeiro deste ano, a imunização contra a Covid-19 foi incluída no Calendário
Nacional de Vacinação para crianças de seis meses a menores de cinco
anos”.
O presidente da Sociedade
Mineira de Infectologia, Adelino de Melo, reforça a necessidade de tomar a
vacina contra a Covid-19 regularmente.
“Já não falamos mais em 2,3
ou 5 doses. O que vale hoje na proteção contra a Covid é: há quanto tempo você
tomou sua última dose de vacina contra a doença? Para os mais vulneráveis — por
exemplo os idosos — , é necessário que eles tomem pelo menos uma vez por ano.
Para os imunossuprimidos graves, pelo menos a cada seis meses vai ser
necessário um reforço da dose para que ele esteja, de fato, protegido.”
Além da vacinação, outros
cuidados, como a etiqueta respiratória, devem ser mantidos para evitar
contaminações. A recomendação é do médico infectologista do Hospital de Base de
Brasília, Tazio Vanni.
“Pacientes que têm sintomas
respiratórios precisam ter o cuidado de usar a máscara em ambientes com mais
pessoas para não contaminar as outras pessoas. A gente precisa ter o cuidado da
etiqueta respiratória, ou seja, se eu vou espirrar eu boto a mão na boca, boto
o braço, viro para o lado. Se estou com coriza, nariz escorrendo, devo usar o
lenço, limpar a mão com frequência.”
Grupo de risco
O informe do Ministério da
Saúde também revela um sinal de aumento de casos de Covid-19 em idosos no
Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo, na SE 31. O infectologista
Tazio Vanni explica porque as pessoas do grupo de risco, como idosos,
gestantes, imunossuprimidos, devem ter cuidados redobrados para prevenir a
infecção.
“Os grupos de risco são
pessoas que têm imunossupressão, paciente que tem um câncer, que está usando um
anticorpo monoclonal, que tem uma doença autoimune, ele já tem um sistema de
defesa diferente, com uma deficiência. Então quando ele encontra infecção pela
Covid-19, ele não consegue resolvê-la como um paciente imunocompetente.”
Para saber mais sobre a
Covid-19 no Brasil, acesse o site do Ministério da Saúde.
Fonte: Brasil 61 –
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