Defesa de Bolsonaro pede arquivamento do caso das joias sauditas.
Decisão do TCE não considerou os presentes como bens públicos
A defesa de Jair Bolsonaro (foto), pediu nesta segunda-feira (12) ao
Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento da investigação sobre as joias
recebidas de autoridades estrangeiras durante o governo do ex-presidente.
O pedido dos advogados foi feito após a decisão do Tribunal
de Contas da União (TCU) sobre os presentes recebidos por ex-presidentes. Na
quarta-feira (7), o tribunal entendeu que os presentes não podem ser
considerados bens públicos.
Para a defesa de Bolsonaro, a decisão do TCU confirma que
"não há ilicitude nas condutas praticadas" pelo ex-presidente.
"A decisão administrativa que reconhece a licitude do
comportamento — se isenta de vícios e cercada das formalidades legais —
interfere diretamente na seara criminal, porque afasta a necessidade deste
último controle, pelo princípio da subsidiariedade", diz a defesa.
No mês passado, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente
por lavagem de dinheiro e associação criminosa após encerrar o inquérito contra
Bolsonaro e mais 11 pessoas, incluindo o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
A investigação apurou o funcionamento de uma organização
criminosa para desviar e vender presentes de autoridades estrangeiras durante o
governo Bolsonaro. Os itens foram recebidos durante viagens para a Arábia
Saudita.
Durante as investigações, a PF apurou que parte das joias
saíram do país em uma mala transportada no avião presidencial e foram vendidas
nos Estados Unidos.
Agência Brasil
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