Pinto nasce com quatro patas no RN: 'Nunca vi isso na minha vida', diz produtor.
Especialista explica que quatro patas podem ser decorrentes
de alterações genéticas ou fatores externos.
Um pinto nasceu com quatro patas em um sítio em São Miguel do
Gostoso, litoral do Rio Grande do Norte, na última sexta-feira (27). Com cinco
dias de vida, o animal foi o único do grupo a apresentar a mutação.
Fabiano Santos, sobrinho do dono do sítio e do pinto, contou
que eles nunca tinham visto nada assim na criação deles. "Eu e meu tio
chegamos no sítio e fomos surpreendidos com esse pinto, eu nunca vi isso na
minha vida", contou Fabiano.
Segundo ele, embora o animal tenha duas patas a mais, ele
come, bebe água e interage de forma normal e saudável, assim como os outros da
ninhada.
As duas patas excedentes estão se desenvolvendo junto com a
ave. Porém, Fabiano explica que o animal usa somente as duas patas
"comuns" para se locomover, as outras duas ficam na parte traseira do
pinto.
De acordo com o biólogo ornitólogo, João Damasceno, a
condição que acomete o pinto é chamada de polimelia e é rara de acontecer, mas
pode se apresentar em aves e mamíferos. O especialista explica que a polimelia
pode ocorrer por fatores externos ou genéticos.
No caso do pintinho, o biólogo explica que a mãe galinha pode
ter sido submetida, enquanto estava desenvolvendo o embrião, a compostos
químicos ou medicamentos que modificaram o desenvolvimento celular do animal.
O g1 também conversou com a veterinária Kadidja Bezerra que
reforçou a informação do biólogo, acrescentando que pode ser uma anomalia
genética transmitida pelos reprodutores.
"Acontece com maior frequência quando há consanguinidade
entre os pais. Existe a possibilidade de também ter duplicação de outros órgãos
nesse animal", disse a profissional.
A veterinária explica que devido a condição do pintinho, é
preciso se atentar aos cuidados com ele, pois a sobrevida dele geralmente é
curta, não chegando à idade adulta.
Por Isabelly Noemi, g1 RN
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