Ministério da Saúde repassa mais de R$ 6 milhões a municípios para aquisição de testes rápidos de gravidez.
Objetivo é ampliar o acesso aos testes pelo Sistema Único de
Saúde em todo o Brasil. Recursos vão para todas as unidades da federação e
serão pagos em parcela única.
Com o objetivo de ampliar o acesso ao diagnóstico da
gravidez, o Ministério da Saúde enviará R$ 6,3 milhões para que municípios e o
Distrito Federal adquiram kits de teste rápido de gravidez (TRG), conforme
portaria publicada no último dia 31, no Diário Oficial da União.
A medida visa garantir que o TRG esteja disponível em todos
os serviços da atenção primária à saúde (APS), mesmo nos lugares mais remotos.
“O teste rápido de gravidez é necessário para que as pessoas tenham acesso a
diversos serviços no Sistema Único de Saúde (SUS), como a inserção do DIU de
cobre, já que o dispositivo não pode ser colocado em quem já está gestante,
além de permitir o início precoce do acompanhamento pré-natal”, explica Renata
Reis, coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Mulheres.
“Quando uma mulher chega a uma unidade básica em busca de um
teste, ele precisa estar disponível, assim como um atendimento qualificado e
humanizado para atender às suas necessidades de saúde”, defende.
Os recursos financeiros chegarão a todas as unidades da
Federação, nos 5.570 municípios brasileiros, e serão pagos em parcela única. O
valor mínimo que cada município receberá é de R$ 200, valor estimado para a
compra de 100 TRGs. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS), parte
integrante do SUS e cuja responsabilidade é compartilhada com estados e
municípios, também deverá receber os testes adquiridos pela gestão local.
O cálculo dos recursos para cada território leva em conta o
valor unitário de um teste rápido de gravidez multiplicado pela estimativa do
número de gestantes por município de residência.
Confira o valor destinado a cada município
Planejamento reprodutivo
A disponibilização do teste rápido de gravidez compõe um
conjunto de ações que visam à garantia do planejamento familiar e reprodutivo
das pessoas por meio do SUS. Isso implica não só a oferta de métodos e técnicas
para a concepção e a anticoncepção, mas também o acesso a informações e ao
acompanhamento na rede, em um contexto de escolha livre e informada.
Embora o aumento da oferta de TRGs beneficie especialmente as
mulheres, o envolvimento dos homens no planejamento é primordial. O Ministério
da Saúde defende uma abordagem ampla para dimensões que contemplem a saúde
integral em diferentes momentos do ciclo de vida e, também, promovendo a
corresponsabilidade dos homens.
O acesso à saúde sexual e à saúde reprodutiva é um direito
humano reconhecido pelo Brasil. É responsabilidade do governo federal auxiliar
estados e municípios e oferecer meios para garantir esse direito a todas as
brasileiras.
Laísa Queiroz/Ministério da Saúde
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