Rombo nas contas públicas é desafio para prefeitos que assumem em 2025
Imagem Ilustrativa - Reprodução/Internet
Só em relação aos governos regionais, o rombo chega a R$ 435
milhões, em agosto de 2024.
O setor público consolidado, que é composto por União,
estados, municípios e estatais – registrou um déficit de R$ 21,4 bilhões em
agosto. Os dados constam no último relatório de estatísticas fiscais divulgado
pelo Banco Central. Só em relação aos governos regionais, o rombo chega a R$
435 milhões.
Em meio a esse cenário e com novos prefeitos assumindo a
partir de janeiro de 2025, é lançado um desafio para os gestores locais,
segundo o especialista em orçamento público, Cesar Lima. Para ele, enxugar a
máquina pública é uma das medidas que precisam ser tomadas.
“O déficit geralmente se apresenta na forma de um
crescimento de despesas obrigatórias, principalmente em anos eleitorais, com as
despesas de pessoal. Claro que há limitações para isso, segundo a lei, mas
muito provavelmente o que acontece é uma inflação da máquina pública a fim de
conseguir cabos eleitorais para os prefeitos que estão tentando se reeleger.
Quem entrar, ou mesmo aqueles que se reelegeram, a primeira coisa que vão fazer
vai ser enxugar a máquina pública a fim de ter de volta sua capacidade de
investimento”, considera.
Na avaliação do professor de Ciências Econômicas da
Universidade Presbiteriana Mackenzie, Vladimir Maciel, normalmente, o primeiro
ano de mandato dos gestores eleitos costuma ser desafiador.
"Os prefeitos vão ter pouca margem de manobra para
cumprir promessas de campanha. Os primeiros dois anos de mandato vão ser de
ajuste fiscal, caso eles queiram entregar alguma obra mais no fim do mandato,
alguma coisa de maior monta, porque nos dois primeiros anos não vai ter de onde
tirar", destaca.
Situação crítica em 2023
Em 2023, os municípios brasileiros também se encontravam em
situação delicada em relação ao cenário fiscal. De acordo com a Confederação
Nacional dos Municípios (CNM), 51% das cidades estavam com o caixa no vermelho
ao fim do primeiro semestre do ano passado.
À época, o cenário era pior nos municípios de pequeno porte,
dos quais 53% registravam déficit primário, isto é, despesas maiores do que as
receitas. Nos de médio e grande porte, esse percentual era de 38%.
Fonte: Brasil 61 –
Nenhum comentário