Estados anunciam alta no ICMS de encomendas internacionais de 17% para 20% a partir de abril de 2025.
Além da alíquota de ICMS
estadual, encomendas internacionais de até US$ 50 também são taxadas com mais
20% relativos ao imposto de importação, cobrança que começou a ser feita em
agosto deste ano.
Os estados anunciaram nesta
sexta-feira (6) um acordo para elevar a alíquota do Imposto de Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) de 17% para 20% sobre as encomendas
internacionais, com validade a partir de abril de 2025.
A decisão foi tomada durante
a 47ª Reunião Ordinária do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças,
Receita ou Tributação dos Estados e DF (Comsefaz), realizada em Foz do Iguaçu
(PR).
"Essa mudança reforça o
compromisso dos estados com o desenvolvimento da indústria e do comércio
nacional, promovendo uma tributação mais justa e contribuindo para a proteção do
mercado interno frente aos desafios de um cenário globalizado", informou o
Comsefaz, por meio de nota.
Em abril deste ano, os
estados avaliaram um aumento do ICMS sobre encomendas internacionais para 25%,
mas a decisão acabou sendo adiada.
Além da alíquota de ICMS
estadual, as encomendas internacionais de até US$ 50 também são taxadas com
mais 20% relativos ao imposto de importação, cobrança que começou a ser feita
em agosto deste ano.
O Comsefaz informou, também,
que a nova alíquota busca "alinhar o tratamento tributário aplicado às
importações ao praticado para os bens comercializados no mercado interno,
criando condições mais equilibradas para a produção e o comércio local".
Segundo os estados, o
aumento na tributação visa garantir "isonomia competitiva entre produtos
importados e nacionais, promovendo o consumo de bens produzidos no
Brasil".
"Com isso, os estados
pretendem estimular o fortalecimento do setor produtivo interno e ampliar a
geração de empregos, em um contexto de concorrência crescente com plataformas
de comércio eletrônico transfronteiriço", acrescentou o Comsefaz.
O Comitê esclareceu que a
decisão levou em conta as alíquotas já praticadas pelos estados. "Nos
casos em que a alíquota modal seja inferior a 20%, a implementação dependerá de
aprovação pelas respectivas Assembleias Legislativas estaduais", informou.
Por Alexandro Martello, g1 — Brasília
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