Ministra da Saúde anuncia avanços em nova fase do Mais Acesso a Especialistas.
Programa receberá
investimento de R$ 2,4 bilhões para o financiamento de ofertas de cuidado
integrado em cinco especialidades, entre elas oncologia e cardiologia.
A ministra da Saúde, Nísia
Trindade, apresentou nesta terça-feira (10), durante a XVI Reunião do Fórum
Nacional dos Governadores, em Brasília, os avanços da nova fase do Programa Mais
Acesso a Especialistas (PMAE). A iniciativa marca a modernização do Sistema
Único de Saúde (SUS) com foco na redução de filas, maior eficiência no
atendimento e integração entre as atenções primária e especializada.
O PMAE traz inovações como a
incorporação de um modelo de remuneração baseado no cuidado integral, que
prioriza o paciente. Para isso, estão sendo investidos R$ 2,4 bilhões nas áreas
de oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia. A
nova etapa também aproveita a experiência bem-sucedida do Programa Nacional de
Redução de Filas (PNRF) e conta com um investimento de R$ 1,2 bilhão para as
cirurgias eletivas.
“O Programa Mais Acesso a
Especialistas busca reduzir o tempo de espera e melhorar o atendimento à
população. Essa é uma construção coletiva, fruto da parceria com secretários de
saúde estaduais e municipais, governadores e gestores do SUS. É um trabalho
integrado que reflete a dedicação de toda a equipe do Ministério da Saúde”,
destacou Nísia Trindade.
Durante o evento, a ministra
anunciou ainda a assinatura de portarias com 30% do valor dos planos de ação
aprovados já para serem liberados para todos os estados e o Distrito Federal,
consolidando mais uma etapa do programa. “Hoje, damos um passo importante com a
assinatura das portarias. Esses Planos de Ação Regionais permitirão uma oferta
de cuidado mais eficiente e de qualidade para nossa população. Como eu sempre
digo, tempo é saúde, e precisamos garantir o cuidado necessário no momento
certo”, afirmou.
Integração digital e prazos
mais curtos
Outro destaque mencionado é
a transformação digital do SUS, com o uso intensivo de telessaúde e
teleinterconsultas para conectar a atenção primária à especializada. “Estamos
trabalhando para integrar os dados de saúde em uma rede nacional. Essa
transição tecnológica vai permitir um monitoramento mais eficiente e reduzir
problemas como o absenteísmo nas consultas, garantindo um sistema mais ágil e
acessível”, explicou Nísia.
O PMAE foca em
especialidades que historicamente enfrentam gargalos no sistema de saúde, como
a oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia. O
objetivo é oferecer prazos mais curtos para diagnóstico e tratamento. “Na
oncologia, por exemplo, a oferta integrada incluirá consulta médica, biópsias e
exames necessários, garantindo a continuidade do cuidado e integrando o
programa de redução de filas para cirurgias eletivas”, destacou Nísia.
Adesão em todo o país
O Mais Acesso a
Especialistas já alcançou adesão de 100% dos estados e do Distrito Federal,
além de 97,9% dos municípios. Até o momento, foram enviados 136 planos de ação
regionais, abrangendo 167,9 milhões de habitantes.
Conforme lembrou a ministra,
o programa é inspirado em modelos internacionais, como os do Canadá e da Espanha,
e representa um avanço significativo na oferta de cuidados de saúde
especializados, promovendo qualidade, acessibilidade e eficiência para a
população brasileira.
Edjalma Borges/Ministério da Saúde
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