Preso é autuado por oferecer R$ 50 mil para policiais penais facilitarem entrada de celular em presídio no RN
Abordagem aconteceu durante contagem de presos no Pavilhão 1
da Penitenciária Rogério Madruga Coutinho, em Nísia Floresta. Ele foi autuado
por crime de corrupção ativa.
Um detento da Penitenciária Estadual Rogério Coutinho
Madruga (PERCM), em Nísia Floresta, na Grande Natal, foi autuado em flagrante
nesta sexta-feira (21) por oferecer R$ 50 mil para que policiais penais da
unidade facilitassem a entrada de um celular na cela.
Segundo a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária
do Rio Grande do Norte (Seap), o detento de 28 anos de idade é considerado de
alta periculosidade, tendo sido condenado por tráfico de drogas e homicídios.
Após tentar corromper os policiais penais, ele recebeu voz de
prisão e foi levado para a 25ª Delegacia de Polícia Civil, em Nísia Floresta,
sendo autuado pelo crime de corrupção ativa. O crime é previsto no Artigo 333
do Código Penal Brasileiro, que diz:
🚨 Artigo 333: "Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário
público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício".
A pena é de até 8 anos de prisão e multa.
Após exame de corpo de delito, o preso voltou para a
penitenciária e também recebeu sanção disciplinar da direção da unidade.
A tentativa de corrupção aconteceu durante procedimento de
contagem dos presos na ala A do pavilhão 1 do presídio, por volta das 7h20.
O detento abordou inicialmente um policial com a proposta.
Outros dois servidores se aproximaram e, segundo a Seap, "sem
constrangimento, o detento voltou a oferecer dinheiro em troca da facilitação para a entrada de celular".
Celulares
Segundo a Seap, o Rio Grande do Norte registrou em 2024 o total de 14 celulares nas unidades prisionais do estado, o que, de acordo com a pasta, representou o menor número do Nordeste em dados do Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN).
Entre as medidas das unidades, a Seap informou que tem
adotado revistas periódicas realizadas pelos policiais penais e o uso de
tecnologia, como pórticos detectores de metais e scanners corporais de
raios-x.
Por g1 RN
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