Polícia identifica bar que realizava 'bingo de mulheres' denunciado por padre durante missa.
Padre que denunciou o bingo
e um dos proprietários do bar prestaram depoimento. Pároco afirmou que fiéis
relataram a situação após uma missa.
A Polícia Civil da Paraíba
afirma que identificou um bar suspeito de realizar o “bingo de mulheres”, na
cidade de Lagoa de Dentro, e ouviu testemunhas. O caso foi denunciado
publicamente por um padre durante uma missa transmitida ao vivo no domingo (9).
Segundo a denúncia, mulheres seriam sorteadas como prêmios.
De acordo com o delegado
Sylvio Rabelo, um dos proprietários do bar prestou depoimento e negou a
irregularidade. Rabelo afirmou que os donos do estabelecimento são pai e filho,
e que costumam receber mulheres envolvidas com prostituição no local.
O padre Adauto Tavares,
responsável pela denúncia, também foi ouvido pela polícia na tarde desta
quarta-feira (12). Segundo o delegado, o padre descobriu o bingo durante
conversas informais com fiéis, após uma missa realizada em um sítio próximo ao
bar. Outras testemunhas também serão ouvidas.
“Ele relatou que, como líder
religioso, tinha a obrigação de comunicar os fatos. Por isso, fez a denúncia
durante a missa dominical, e a Polícia Civil tomou conhecimento, iniciando as
investigações. De fato, existe um bar nesse sítio que estava promovendo esse
tipo de bingo", destacou o delegado.
O delegado afirmou que o
estabelecimento continua funcionando no município para o comércio de bebidas e
petiscos, mas que foi solicitada a suspensão das atividades relacionadas a
jogos de azar e outras supostas ilegalidades.
Entenda o caso
O caso foi denunciado
publicamente por um padre durante missa transmitida ao vivo no domingo (9).
Segundo a denúncia, mulheres seriam os prêmios nos sorteios.
A denúncia foi feita pelo
padre da Paróquia São Sebastião, Adauto Tavares, que mencionou o suposto
esquema durante a missa. Ele afirmou que pessoas ligadas à igreja estariam
envolvidas e pediu que o caso fosse levado à Justiça.
O Ministério Público da
Paraíba anunciou na segunda-feira (10) que abriu um procedimento para apurar as
denúncias. No dia seguinte, a Polícia Civil também afirmou que abriu um
inquérito para investigar as denúncias.
O Ministério Público da
Paraíba já havia informado que o primeiro passo da investigação seria ouvir o
padre para obter mais informações sobre os possíveis envolvidos e vítimas. O
órgão também reforçou que a Promotoria de Jacaraú está aberta para receber
novas denúncias.
O delegado Sylvio Rabelo explicou
que o caso pode envolver diferentes crimes, como corrupção de menores,
favorecimento à prostituição, aliciamento e comércio de seres humanos. “Que
violam inclusive os direitos humanos”, acrescentou.
“Já estamos tomando
depoimento dos conselheiros tutelares e de pessoas da cidade. Estamos marcando
e ajustando o momento para que o pároco seja ouvido. Nós vamos prosseguir com
as investigações. São relatos graves. Nosso objetivo é chegar aos autores”,
afirmou o delegado Sylvio Rabelo.
A Polícia Civil deve se
reunir com o Ministério Público para discutir o caso.
Por g1 PB
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