Primeiro paciente que recebeu transplante cardíaco em 2025 no Hospital Metropolitano recebe alta em 10 dias.
O primeiro paciente de 2025 a passar por um transplante
cardíaco no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, pertencente ao Estado
da Paraíba e gerenciado pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde),
recebeu alta nesta sexta-feira (21). De forma surpreendente, em apenas 10 dias
após a cirurgia, Hugo de Araújo Costa, de 47 anos, pôde retornar para casa,
onde seguirá com os cuidados necessários para garantir a adaptação do novo
coração.
Hugo, que sofria de miocardiopatia isquêmica, após um
infarto, e tinha uma vida bastante limitada pela insuficiência cardíaca,
celebrou o sucesso do procedimento e a chance de recomeçar. "Graças a Deus
estou muito feliz pela recuperação, feliz em voltar para casa e continuar meu
tratamento em casa. Quero agradecer a Deus em primeiro lugar, a todo mundo que
trabalha no Hospital Metropolitano, pela atenção, pelo sucesso neste
transplante", afirmou emocionado.
Além do suporte médico, Hugo destacou a importância do
preparo psicológico para enfrentar o transplante. "Isso foi uma soma da
minha perseverança, de Deus, dos profissionais do Metropolitano que se
dedicaram, do trabalho todo, da parte da captação até o pós-transplante. E
também a conscientização que tive junto aos psicólogos e psiquiatras, me
preparei para todo este processo", ressaltou.
A cardiologista Palmira Gomes Amaral explicou a condição que
levou Hugo à necessidade do transplante e destacou a rapidez com que ele se
recuperou. "Hugo tinha uma condição que deixou o coração fraco, e mesmo
com medicação e angioplastia, ele ainda sofria com sintomas que limitavam sua
vida. Como ele estava estável, veio de casa para a cirurgia, que foi realizada
sem intercorrências. Evoluiu muito bem no pós-operatório, saiu rapidamente do
suporte da UTI e vem tolerando muito bem a imunossupressão."
A médica destacou que a evolução de Hugo foi acima da média
para casos semelhantes. "Ele realizou a primeira biópsia com sete dias da
cirurgia e está com um coração normal. Vamos dar alta antes da segunda biópsia,
pois ele consegue vir de casa para cá com tudo agendado, sem necessidade de
internação. A alta dele é surpreendente porque, dentro de outros casos que
tivemos aqui, quando os pacientes são mais graves, demora mais para a alta. No
mundo ideal, todas as altas seriam como a de Hugo, sem intercorrências e com
boa recuperação."
Na recepção do hospital, Hugo foi recebido por uma rodada de
aplausos de pacientes, acompanhantes, colaboradores do hospital e da equipe da
Capelania, que deixou ainda mais especial a alta dele com um momento de oração
e de cânticos religiosos.
Agora, Hugo segue para uma nova etapa em sua recuperação,
mantendo o acompanhamento médico rigoroso. Para Edicleide da Silva Nunes,
esposa de Hugo, a sensação é de alívio e gratidão. "É só gratidão, quero
agradecer a todos por tudo. Os planos agora são de viver intensamente cada
momento e ser muito grata por tudo", declarou.
O paciente transplantado fez questão de reconhecer a
generosidade da família do doador, que possibilitou sua nova chance de vida.
"Quero agradecer à família do doador, pelo gesto de amor que tiveram.
Quero dizer a eles que estou carregando um pedaço importante do ente querido
que se foi, e que eu prometo cuidar com muito carinho e zelo", disse.
Hugo ainda se comprometeu a incentivar a doação de órgãos:
"Vou lutar para conscientizar as pessoas sobre a doação, porque salva
vidas e é um ato de amor até com o ente querido que se foi, pois vai salvar
outras vidas."
A coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de
Órgãos e Tecidos para Transplante do Metropolitano, Patrícia Monteiro,
enfatizou que o Metropolitano tem um compromisso em promover ações de incentivo
à doação de órgãos e o trabalho conjunto com a Central de Transplantes tem
feito com que o número de doação tenha aumentado consideravelmente.
“As campanhas de incentivo à doação de órgãos são de grande
valia, mas neste momento, a nossa gratidão é sempre à família do doador, que
mesmo nessa situação difícil se prestou à solidariedade de ajudar outras
pessoas a prolongar a vida”, afirmou Patrícia.
Sobre o Metropolitano: O Hospital Metropolitano é um hospital
doador, realizando a captação de múltiplos órgãos para transplante que já
beneficiaram diversos pacientes que aguardavam na fila única da Central de
Transplante. A unidade também recebeu o credenciamento para realização do
transplante cardíaco em junho de 2020. Desde então, foi implantado na unidade o
Ambulatório de Transplante, para atendimento a pacientes candidatos ao
procedimento. Além do transplante em adultos, o Metropolitano tornou-se o 5º
hospital público do país habilitado para fazer transplante de coração
pediátrico.
Secom PB
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