Dino quer que Congresso informe como vai identificar autor de emendas.
Impasse para a liberação das emendas começou em dezembro de
2022
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF),
concedeu prazo de 10 dias para a Câmara dos Deputados e o Senado informarem
como vão fazer o registro dos parlamentares autores de emendas de comissão e de
bancada ao Orçamento da União.
A decisão do ministro foi proferida nesta sexta-feira (25) no
âmbito do processo que determinou medidas de transparência e rastreamento das
emendas.
Para o ministro, são necessárias mais informações sobre o
registro dos pagamentos, após falhas apontadas pelo Instituto Não Aceito
Corrupção, a Associação Contas Abertas e a Transparência Brasil no formulário
que deve ser usado pelo Congresso para fazer os registros, conforme a Resolução
001/2025.
"Os anexos II e VII não possuem campo próprio para a
identificação do parlamentar proponente das alterações, comprometendo a
transparência e a rastreabilidade", apontou o ministro.
Em fevereiro, Flávio Dino homologou o plano de trabalho no
qual o Congresso se comprometeu a identificar os deputados e senadores
responsáveis pelas emendas, liberando o pagamento das emendas.
Pelo plano da Câmara e do Senado, a partir do exercício
financeiro deste ano não será mais possível empenhar emendas sem a
identificação de parlamentar que fez a indicação da emenda e da entidade que
vai receber os recursos.
O impasse sobre a liberação das emendas começou em dezembro
de 2022, quando o STF entendeu que as emendas RP9, de relator, eram
inconstitucionais. Após a decisão, o Congresso Nacional aprovou uma resolução
que mudou as regras de distribuição dos recursos para cumprir a determinação da
Corte.
Agência Brasil
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