Servidores receberão reajuste retroativo a janeiro em 2 de maio. Ministério da Gestão confirmou data após sanção do Orçamento.
Os servidores públicos do Executivo Federal receberão em 2 de
maio o reajuste salarial retroativo a janeiro, confirmou nesta sexta-feira (10)
o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Os percentuais
serão os da Medida Provisória 286, editada no fim do ano passado, como
resultado das negociações do governo com as diversas carreiras do
funcionalismo.
Segundo o MGI, o reajuste e os ajustes de carreira terão
impacto de R$ 17,9 bilhões no Orçamento deste ano e R$ 8,5 bilhões, no de 2026.
Apesar de ter sido substituída por um projeto de lei, conforme acordo entre o
governo e o Congresso, a MP 286 continua vigente até 2 de junho.
O MGI confirmou o pagamento do reajuste após a sanção do
Orçamento Geral da União de 2025. Por causa do atraso na aprovação do Orçamento
pelo Congresso, o aumento acertado no ano passado não poderia começar a ser
pago sem que a lei orçamentária estivesse sancionada.
A MP 286 formalizou os acordos das mesas de negociação entre
o MGI e os representantes das carreiras civis do Poder Executivo Federal ao
longo do ano passado. Segundo o ministério, as negociações de 2024 e os acordos
anteriores garantiram a recomposição salarial para 100% dos servidores ativos,
aposentados e pensionistas da União.
Em 2023, o governo havia concedido reajuste linear aos
servidores do Poder Executivo Federal de 9% nos vencimentos e de 43,6% no
tíquete alimentação. No ano passado, não houve atualização.
Planos de carreira
Além dos aumentos salariais, os acordos para 2025 e 2026
preveem ajustes de carreira e mudanças estruturais no serviço público. Em
relação aos planos de carreira, o tempo para que os servidores atinjam o topo
da progressão foi atualizado, para adequar a evolução funcional à realidade
fiscal e às novas exigências de gestão pública.
Na reestruturação do serviço público federal, o governo
substituiu 14.989 cargos obsoletos por 15.670 funções, que, segundo o MGI, são
mais compatíveis com as demandas de um setor público mais moderno, sendo 10.930
voltados à área da educação. A última rodada de negociação ampla ocorreu em
2015, no governo da ex-presidenta Dilma Rousseff.
Agência Brasil
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