TCE arquiva denúncia de “rachadinha” contra presidente da Câmara de Barra de Santa Rosa PB.
Imagem ilustrativa - Reprodução/Redes Sociais
Tribunal julgou improcedente a denúncia por falta de provas e
arquivou o processo, mas documentação será enviada ao Ministério Público para
possível continuidade das apurações.
O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) decidiu
arquivar, nesta quinta-feira (24), a denúncia de suposta prática de
“rachadinha” envolvendo o vereador Edson Guedes Monteiro (União Brasil),
presidente da Câmara Municipal de Barra de Santa Rosa, no Agreste paraibano. A
decisão foi tomada por unanimidade durante sessão da Corte.
A acusação, apresentada ao TCE, apontava indícios de que
parte dos salários pagos a servidores da Casa Legislativa estariam sendo
devolvidos ao parlamentar, o que caracteriza a prática ilegal conhecida como “rachadinha”.
O documento solicitava o afastamento imediato do vereador e a cassação de seu
mandato.
Apesar da gravidade das alegações, os conselheiros entenderam
que as provas anexadas à denúncia não foram suficientes para justificar uma
eventual incriminação do presidente da Câmara. O relator do caso, conselheiro
Nominando Diniz, votou pela improcedência do mérito e pelo arquivamento do
processo. Os demais membros da Corte acompanharam o parecer.
Com o arquivamento no âmbito do TCE, o processo será
encaminhado ao Ministério Público da Paraíba, que poderá decidir por novas
diligências ou pelo encerramento definitivo do caso.
Entenda o caso
A denúncia aponta que parte dos salários pagos aos servidores
da Câmara de Vereadores de Barra de Santa Rosa, localizada no Agreste
paraibano, estariam sendo repassadas ao presidente da Casa, o vereador Edson
Guedes (União Brasil).
Imagens do circuito de segurança da Câmara de Vereadores de
Barra de Santa Rosa registraram momentos em que o presidente da Casa, o
vereador Edson Guedes, aparece recebendo o que, para a denúncia apresentada ao
TCE, seria dinheiro.
O primeiro registro, de 25 de março do ano passado, mostra um
homem entregando notas semelhantes a cédulas de dinheiro. Já em 23 de maio,
novas imagens flagraram o parlamentar, mais uma vez, recebendo valores que,
segundo a denúncia, seriam parte dos salários pagos a servidores.
Outro vídeo exibido no material entregue ao TCE mostra um
ex-funcionário do gabinete de Edson, identificado como Ranávio Soares,
entregando uma quantia em dinheiro para um homem não identificado.
Em entrevista à TV Paraíba, Ranávio afirmou que os valores
seriam destinados ao presidente da Câmara. Ele garantiu que, embora recebesse
cerca de R$ 2 mil como salário da Casa, era obrigado a repassar cerca de R$ 800
para o vereador.
“Eu recebia R$ 2 mil no contracheque, mas tinha que devolver
parte disso. O dinheiro era entregue diretamente ao presidente. Essa prática
durou entre 2023 e 2024, quando Edson esteve na presidência da Casa”, relatou.
Em resposta às acusações, Edson nega qualquer envolvimento na
prática de “rachadinha”. “Essa denúncia é uma armação política para me tirar da
presidência”, alegou o vereador em sua defesa. Ele afirma ainda que "as
acusações não têm fundamento" e garantiu que tomará medidas legais contra
os responsáveis pelas denúncias assim que for notificado.
Por g1 PB
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