Lula sanciona lei que estrutura carreira e reajusta salários.
Aumento para servidores federais será de 9% em 2025 e de 9%
em 2026
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,
sancionou a Lei 15.141, que reestrutura diversas carreiras do funcionalismo
público federal e reajusta os salários de servidores e empregados públicos do
Executivo Federal.
O texto altera a remuneração de cargos em comissão, de
funções de confiança e de gratificações, muda a regra de designação dos membros
dos conselhos deliberativos e fiscais das entidades fechadas de previdência
complementar, além de padronizar e unificar regras de incorporação de
gratificações de desempenho.
O texto publicado no Diário Oficial da União desta
terça-feira (13) substitui a Medida Provisória 1286/24, que perdeu a validade
em 2 de junho, cumpre os acordos firmados pelo Ministério da Gestão e da
Inovação em Serviços Públicos (MGI) e garante reajustes a todos os servidores
públicos federais em 2025 e 2026.
Segundo o ministério, as despesas com pessoal permanecem
estáveis, representando menos de 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB - a soma de
todos os bens e serviços produzidos no país), em 2026.
Em nota, a ministra da Gestão, Esther Dweck, disse que a
sanção da lei é uma conquista para os servidores públicos federais.
“Desde a criação do MGI temos trabalhado para modernizar a
gestão pública, reconhecendo nossos servidores, promovendo a inovação, e
melhorando a qualidade dos serviços prestados à população.”
A Confederação/Federação dos Trabalhadores no Serviço Público
Federal (Condsef/Fenadsef) – que representa 80% dos servidores federais e
empregados públicos de cinco estatais – publicou em rede social que reafirma
seu posicionamento em defesa dos atuais e futuros trabalhadores do setor
público, de todas as faixas etárias e níveis de escolaridade.
“Nosso compromisso é com um país com mais e melhores serviços
públicos, com igualdade de condições de trabalho, remuneração e de direitos a
todos aqueles que construíram, constroem e construirão as políticas públicas!”
Recomposição salarial
Para as categorias de servidores públicos federais que não
obtiveram acordo com o ministério, a lei concede reajustes de 9%, em 2025, e de
9%, em 2026. Devido ao atraso na aprovação do Orçamento deste ano, o reajuste
na remuneração começou a ser pago em maio, de forma retroativa a 1º de janeiro,
com base na Medida Provisória (MP) 1.286.
Reestruturação de carreiras
O Ministério da Gestão esclareceu que a nova lei transforma
29,7 mil cargos obsoletos (vagos) em 28,4 mil vagas novas, que podem ser cargos
efetivos, em cargos em comissão e em funções de confiança.
A pasta garantiu que as alterações não terão impacto no
orçamento federal, em compromisso com a responsabilidade fiscal.
Entre as novas vagas destacadas estão duas carreiras
transversais: analista técnico de Desenvolvimento Socioeconômico (ATDS) e
analista técnico de Desenvolvimento das Políticas de Justiça e Defesa (ATJD).
Nas duas, as primeiras 500 vagas - 250 em cada - serão ofertadas na segunda
edição do Concurso Público Nacional Unificado do CNU 2025, que terá provas
aplicadas no segundo semestre deste ano.
Também estão previstos 6.060 cargos de analista em educação e
4.040 de técnico em educação, sem aumento de despesas, dentro do Plano de
Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE).
Segundo o ministério, a reestruturação de carreiras,
negociada com os servidores e aprovada pelo Congresso Nacional, em 21 de maio,
incluiu mais níveis de progressão, e 86% das carreiras passam a ter 20 níveis.
Reforma administrativa
A Câmara dos Deputados criou em maio um grupo de trabalho que
vai discutir a reforma administrativa, com prazo de 45 dias para apresentar um
texto sobre mudanças no funcionalismo público e transformação do Estado
brasileiro. A primeira reunião já foi realizada com participação de membros dos
poderes Legislativo e Executivo.
Agência Brasil
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