PACIENTE DE CUBATÍ: Hospital Metropolitano realiza terceiro transplante cardíaco de 2025.
O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade do
Governo do Estado gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB
Saúde), registrou, nessa terça-feira (3), o terceiro transplante cardíaco de
2025.
O beneficiado com o novo coração foi José Alves da Silva, de
36 anos, da cidade de Cubati. Desde 2021, ele fazia tratamento para uma
miocardiopatia (doença no músculo do coração que compromete o bombeamento do
sangue), que foi agravada com o passar do tempo e só o transplante cardíaco
poderia salvá-lo.
Horas antes de entrar no bloco cirúrgico, José Alves externou
a felicidade e gratidão à família doadora. “Estou muito feliz porque agora vou
poder jogar bola com meu filho de sete anos. No dia da minha alta, quero dar um
grito de felicidade que não pude dar assim que recebi a notícia do meu novo
coração. Quero agradecer também à família doadora por esse gesto de amor e,
quando puder, quero conhecê-los para agradecer todo mundo pessoalmente”, contou
o paciente.
A esposa de José Alves, Rita de Cássia, também comemorou a
realização do transplante, pois ele já estava ficando debilitado. “Fiquei muito
feliz por ele fazer o transplante porque já estava sofrendo muito. O menor
esforço, já cansava e, cada vez mais, ficava limitado. Tenho fé que já deu tudo
certo, que a partir de agora vamos poder aproveitar muito e ele ter mais
qualidade de vida”.
Rita de Cássia aproveitou o momento também para reforçar a
importância da doação de órgãos. “Eu peço que Deus fortaleça toda família que
perdeu seu ente querido e que mais famílias tenham esse gesto, pois ainda há
muitas pessoas à espera de uma doação de órgãos para poder viver”, ressaltou.
O coração que salvou a vida de José Alves foi doado por um
homem de 36 anos, vítima de traumatismo crânio encefálico. Após rigorosos
protocolos clínicos e neurológicos, foi constatada a morte encefálica dele,
permitindo que a família, com um gesto nobre e de profunda empatia, autorizasse
a doação de múltiplos órgãos.
Além do coração, foram doados os rins, fígado e córneas,
beneficiando outros pacientes que também aguardam por um transplante para
continuar vivendo com dignidade e saúde.
A coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de
Órgãos e Tecidos para Transplante do Metropolitano, Patrícia Monteiro, reforçou
que a família doadora teve um gesto grandioso em meio à dor que é transformar a
perda em esperança para outras vidas.
“Essa atitude nos inspira e reforça a importância da doação
de órgãos como um ato de amor ao próximo. O Metropolitano tem um compromisso em
promover ações de incentivo à doação de órgãos e a parceria com a Central de
Transplantes tem feito com que o número de doações tenha aumentado
consideravelmente”, comentou.
Segundo o cirurgião cardiovascular Maurílio Onofre, a
cirurgia de transplante envolve uma emoção muito grande, não só para o paciente
e família, mas para toda a equipe médica e multiprofissional do hospital. “São
várias pessoas envolvidas nesse processo e gostaria de ressaltar a importância
da doação de órgãos, pois mesmo num momento de sofrimento é preciso pensar no
próximo e ajudar a salvar vidas”.
Ainda de acordo com o cirurgião cardiovascular, o transplante
cardíaco teve uma duração média de quatro horas, sem intercorrências, e o
paciente segue em recuperação na UTI cardiológica.
Assessoria
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