Incentivos do Governo da Paraíba favorecem avanço da caprinocultura no Curimataú.
Os incentivos oferecidos pelo Governo da Paraíba no que se
referem à pesquisa de melhoramento genético, assistência técnica, compra do
leite e o apoio para a instalação de abatedouros e queijeiras têm contribuído
para a expansão da caprinocultura no Estado.
Recebendo o incentivo e a assistência técnica por parte da
Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária
(Empaer), vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e
da Pesca, a região do Curimataú paraibano desponta como promissora para a
caprinovinocultura de leite e de corte.
Os números constatam o potencial da ovinocaprinocultura na
região e, especificamente em Barra de Santa Rosa, onde existem aproximadamente
1700 criadores, com um rebanho declarado de 14.612 caprinos e 19.532 ovinos.
Segundo o extensionista Hermes Gonçalves Junior, da gerência
operacional da Empaer em Barra de Santa Rosa, em 2024 foram produzidos e
vendidos no Programa PAA Leite do Governo do Estado 163.000 litros de leite
caprino, equivalendo a um montante de R$ 524.420,00, beneficiando diretamente
32 criadores, com uma renda média mensal de R$ 1.366,00. Ele acredita que neste
ano a tendência é superar essa marca, tendo em vista que até o mês de julho
chega a 100 mil litros de leite já entregues para o Programa.
No município de Barra de Santa Rosa, onde neste final de
semana acontece o 6º Encontro dos Caprinocultores do Território do Curimataú,
existem 42 criadores aptos a fornecerem o leite caprino no Programa PAA Leite.
O extensionista Hermes Gonçalves lembra que esse número vem aumentando a cada
mês, graças aos incentivos das políticas públicas dos Governos federal estadual
e municipal. O maior atrativo é o preço do litro de leite, que atualmente é de
R$ 4,81. Outro atrativo é o surgimento de abatedouros que estão sendo
instalados no Cariri paraibano, o que garante a compra de animais para abate.
Além da produção leiteira dos caprinos, o município se
destaca como o maior centro de comercialização desses rebanhos, para onde se
dirigem criadores de municípios do Brejo, Curimataú e Seridó, e até de
municípios do Rio Grande do Norte, por ocasião da feira de animais realizada
sempre nas quintas-feiras, proporcionando grande volume de negócios e
circulação monetária no município.
A Empaer vem contribuindo com a atividade na identificação e
cadastramento destes produtores, além de viabilizar capacitações e participação
em eventos voltados à atividade, a exemplo dos Dias de Campo, Cursos, encontros
para troca de experiência e as parcerias com a Prefeitura Municipal, Agência
Xiquexique, realização de Feiras de Exposição e Encontro de Caprinocultores.
Com as pesquisas de melhoramento genético – que visam
aprimorar a produção animal e a adaptação das espécies ao semiárido paraibano,
resultando em animais com maior produtividade e resistência –, a Empaer vem
contribuindo para o crescimento da criação de caprinos e ovinos na Paraíba, não
apenas com que se refere à produção de leite, mas também de carne. O mercado
para a carne de cordeiro é extenso, não apenas no Brasil, mas, sobretudo, no
exterior. Mas a qualidade do cordeiro produzido para atender a demanda ainda é
pequena. Em face disso, a atividade surge como promissora.
A cadeia produtiva atualmente exige que o produtor se
profissionalize na criação de cordeiros obedecendo estratégias para a venda. A
valorização da cadeia produtiva é imprescindível para o sucesso do
empreendimento rural.
Evento – A partir desta quinta-feira (24) e até domingo (27),
acontece em Barra de Santa Rosa o 6º Encontro dos Caprinocultores do Território
do Curimataú, organizado pela Agência Regional de Apoio e Valorização das
Atividades Produtivas e Técnicas de Convivência com o Semiárido – Agência
Xique-Xique, contando com a participação da Empaer, que instalou um estande
para atendimentos aos produtores rurais.
O evento tem o objetivo de fortalecer a agricultura familiar,
em especial o arranjo produtivo da caprinocultura, considerando que essa
atividade produtiva tem sua viabilidade produtiva, social, cultural e ambiental
comprovada no semiárido.
Assessoria
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