Congresso inicia semana com debates sobre anistia, reforma administrativa e tarifaço.
Na Câmara, o presidente Hugo
Motta (Republicanos-PB) reafirmou que a definição da pauta continuará sob
responsabilidade do Colégio de Líderes, sem imposições. A votação da anistia só
deve avançar se houver acordo entre as lideranças. Outro tema em debate é a PEC
que prevê o fim do foro privilegiado para deputados federais, que enfrenta
resistências e incertezas sobre apoio suficiente para aprovação.
No Senado, a atenção se
volta para as sabatinas e votações de indicações para cargos estratégicos em
agências reguladoras como ANS, Anvisa, ANP, Aneel e ANM. Apesar da
instabilidade provocada por ações da oposição, as comissões mantêm a previsão
de avançar com as análises. Também está na pauta a PEC 66/2023, que retira
precatórios do teto de gastos, e a atualização da tabela do Imposto de Renda
para dois salários mínimos, que precisa ser aprovada até o dia 11 para não
perder validade.
A reforma administrativa
volta ao centro das discussões com a realização, nos dias 15 e 16, de um
seminário nacional organizado por entidades de servidores públicos. O encontro
deve intensificar a pressão contra a proposta, que, segundo sindicatos, ameaça
direitos e amplia a precarização do serviço público. No Congresso, o governo
também tenta articular avanços em temas como o combate a supersalários e a
reforma da previdência dos militares.
Na área econômica, o
“tarifaço” norte-americano de 50% sobre cerca de 3,8 mil produtos brasileiros
será discutido por uma comissão temporária de senadores. O grupo busca reverter
ou minimizar os impactos da medida, que afeta setores estratégicos das
exportações nacionais. Embora alguns itens tenham sido retirados da lista, o
impasse continua e deve pautar negociações bilaterais nas próximas semanas.
Com o calendário eleitoral
cada vez mais próximo, líderes avaliam que o avanço das pautas dependerá da
capacidade de articulação do governo e de concessões às bancadas. O clima é de
disputa intensa, com a agenda legislativa sujeita a bloqueios e manobras
políticas que podem alterar o rumo das votações.
Fonte: Brasil 61 -
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