Botão de contestação do Pix está disponível aos usuários
O
botão de contestação de transações do Pix já está disponível aos usuários, a
partir desta quarta-feira (1º), com a finalidade de facilitar a devolução de
valores para as vítimas de fraude, golpe e coerção.
Formalmente
chamado de autoatendimento do Mecanismo Especial de Devolução (MED), o botão
pode ser acionado pelo aplicativo da instituição financeira com a qual o
usuário tenha relacionamento.
Assim,
o MED, criado em 2021, passa a ser feito de forma 100% digital, sem a
necessidade de interação com a central de atendimento pessoal da instituição.
As
mudanças nas regras do Pix foram publicadas em agosto pelo Banco Central.
Contestação
De
acordo com a autarquia, ao contestar a transação, a informação é
instantaneamente repassada para o banco do golpista, que deverá bloquear os
recursos em sua conta, caso existam, inclusive valores parciais.
Depois
do bloqueio, ambos os bancos têm até sete dias para analisar a contestação.
Caso concordem que se trata realmente de um golpe, a devolução é efetuada
diretamente para a conta da vítima. O prazo para essa devolução é de até onze
dias após a contestação.
O
BC explicou que o autoatendimento do MED dará mais agilidade e velocidade ao
processo de contestação de transações fraudulentas, “o que aumenta a chance de
ainda haver recursos na conta do fraudador para viabilizar a devolução para a
vítima”.
O
MED, bem como seu botão de contestação, não se aplica a casos de desacordos
comerciais, arrependimento e erros no envio do Pix (como erro de digitação de
chave) ou que envolvam terceiros de boa-fé, por exemplo. O BC ressalta que ele
é específico para fraude, golpe e coerção.
Caminhos
do dinheiro
Outra
mudança no MED é que será possível fazer a devolução do dinheiro a partir de
outras contas, e não apenas daquela utilizada na fraude. Esse recurso estará
disponível a partir de 23 de novembro, de forma facultativa, e se torna
obrigatória em fevereiro do ano que vem.
Até
então, a devolução dos recursos poderia ser feita apenas a partir da conta
originalmente utilizada na fraude. O problema é que os fraudadores, em geral,
retiram rapidamente os recursos da conta que recebeu o dinheiro e transferem
para outras. Dessa forma, quando o cliente faz a reclamação e pede a devolução,
o mais comum é que a conta já esteja esvaziada.
Com
os aprimoramentos, o MED vai identificar possíveis caminhos dos recursos. Essas
informações serão compartilhadas com os participantes envolvidos nas transações
e permitirão a devolução de recursos após a contestação.
O
BC espera que isso aumente a identificação de contas usadas para fraudes e a
devolução de recursos, desincentivando fraudes. Segundo o banco, o
compartilhamento dessas informações impedirá ainda o uso dessas contas para
novas fraudes.
Agência Brasil
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