ATENÇÃO: Tribunal de Justiça da Paraíba intensifica esforços no Mês Nacional do Júri.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realiza, ao longo de
novembro, o Mês Nacional do Júri, uma ação voltada para garantir a razoável
duração dos processos e a celeridade nos julgamentos de crimes dolosos contra a
vida. A iniciativa foi instituída pela Portaria CNJ nº 69/2017 e atualizada
pela Portaria n. 242/2025, consolidando o compromisso do Judiciário com a
efetividade da Justiça criminal.
Na Paraíba, o Mapa do Tribunal do Júri revela que, até
setembro de 2025, já haviam sido realizados 1.577 julgamentos. Os crimes mais
recorrentes são homicídio qualificado (498 casos), homicídio simples (267) e
feminicídio (61). Apesar dos avanços, o Estado ainda registra 4.770 ações
penais pendentes de julgamento no Tribunal do Júri.
Nesta edição, o CNJ definiu como prioridades os processos
envolvendo crimes dolosos contra a vida de mulheres, menores de 14 anos, casos
com participação de policiais e ações antigas, com mais de cinco anos sem
desfecho. O levantamento nacional aponta que mais de 91 mil ações estão nessa
última categoria. No caso do feminicídio, já foram 4.254 julgamentos, mas ainda
há 9.154 processos pendentes.
A juíza Aparecida Gadelha, auxiliar da Presidência do
Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), ressaltou que o Tribunal vem
desenvolvendo diversas ações em parceria com o CNJ no âmbito do Mapa Nacional
do Júri, com o objetivo de fortalecer e agilizar o andamento dos processos.
Segundo a magistrada, entre as medidas implementadas estão a análise de dados e
correção de movimentações processuais, o levantamento de inquéritos pendentes e
a articulação com o Ministério Público e forças policiais para viabilizar soluções
efetivas.
O Tribunal também tem atuado para regularizar a tramitação de
processos com instruções em andamento e publicou edital para formação de um
grupo de apoio a magistrados que lidam com maior volume de processos do júri.
"Trata-se na verdade de um esforço conjunto do CNJ, de todos os tribunais
do país e de todos os juízes e juízas do Tribunal do Júri para que no mês de
novembro ocorra a maior quantidade de julgamento desses processos",
pontuou a magistrada.
Por Lenilson Guedes


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