Governo prorroga até 2026 prazo para pedido de ressarcimento do INSS.
Aposentados podem pedir até
fevereiro devolução de descontos indevidos
O governo federal decidiu
prorrogar até 14 de fevereiro de 2026 o prazo para que aposentados e
pensionistas possam solicitar o ressarcimento de valores descontados
indevidamente de seus benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (10) pelo deputado Paulo Pimenta
(PT-RS), durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do
INSS.
O prazo original se
encerraria em 14 de novembro. No entanto, segundo Pimenta, o Ministério da
Previdência Social decidiu ampliar o período para garantir que todos os
afetados possam registrar seus pedidos. A decisão será oficializada nesta
terça-feira (11) pelo ministro Wolney Queiroz.
De acordo com o parlamentar,
cerca de 3,7 milhões de beneficiários já foram ressarcidos, em valores que
somam R$ 2,5 bilhões. O governo estima, no entanto, que ainda existam 4,8
milhões de aposentados e pensionistas aptos a solicitar a devolução.
O esquema de descontos
indevidos foi revelado pela Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia
Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), que identificou fraudes em
Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) firmados entre o INSS e entidades
associativas. As investigações levaram ao afastamento de parte da cúpula do
instituto em abril.
Segundo Pimenta, muitos
aposentados ainda desconhecem que foram vítimas das cobranças.
“Temos que fazer um esforço
de esclarecimento, porque muitos aposentados não perceberam que foram
roubados”, afirmou.
A prorrogação, completou
Pimenta, busca assegurar que todos os lesados pelo esquema possam recuperar os
valores de forma simplificada e sem necessidade de ação judicial.
Como pedir a devolução
Os beneficiários podem abrir
pedidos de ressarcimento pelos canais oficiais do INSS:
>Aplicativo ou site Meu
INSS, com login no Portal Gov.br;
>Telefone 135, com
atendimento gratuito de segunda a sábado, das 7h às 22h;
>Agências dos Correios,
que oferecem suporte gratuito em mais de 5 mil unidades.
Depoimento
Nesta segunda, a CPMI do
INSS ouviu o empresário Igor Dias Delecrode, dirigente da Associação de Amparo
Social do Aposentado e Pensionista (AASAP). A entidade é investigada por
suspeita de ter criado um sistema próprio de biometria para fraudar a
assinatura de segurados do INSS e pedir descontos indevidos em nome deles.
Munido de um habeas corpus
concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Delecrode ficou em silêncio na
maior parte dos questionamentos dos membros da CPMI.
Agência Brasil


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