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Boneca Momo: Diálogo é caminho para evitar que crianças acessem conteúdo que incentiva suicídio.



O que era para ser um momento de entretenimento e diversão para crianças está se tornando motivo de medo. É que alguns vídeos exibidos na plataforma YouTube Kids começam com desenhos e, de repente, aparece a imagem da Boneca Momo ensinando o passo a passo para prática do suicídio.

A psicóloga clínica do Hapvida em João Pessoa, Joyce Pontes, explica como pais e responsáveis podem proceder para proteger as crianças desse tipo de conteúdo. “Com o avanço da tecnologia, as crianças têm acesso cada vez mais cedo à internet e às redes sociais. É preciso conversar com as crianças sobre o que está sendo acessado, no sentido de esclarecer e alertar sobre os perigos que a internet pode oferecer”, orienta.

Uma pesquisa da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso Brasil) apontou com base em números do Ministério da Saúde que de 2000 a 2015 o registro de suicídios aumentou 65% entre garotos e garotas de 10 a 14 anos. No mesmo período, o crescimento foi de 45% na faixa etária de 15 a 19 anos.

A psicóloga afirma que além do diálogo é fundamental que haja um acompanhamento, por parte dos pais, mais detalhado do que está sendo acessado pelas crianças. “Caso identifiquem algo que possivelmente coloque a criança em risco o primeiro passo deve ser denunciar e bloquear o conteúdo acessado”, diz Joyce.

Porém, se a criança já teve acesso ao conteúdo e se encontra amedrontada o importante é “dialogar passando segurança e mostrando que no caso de sentir medo ou de ver algo que ofereça perigo, as crianças devem avisar aos pais, pois agindo assim elas vão entender que têm como se defender”, explica.

Vale também esclarecer que nem tudo que está disponível na internet é real, e se observar que aquilo acabou afetando de forma significativa alterando seu comportamento o ideal é conduzir a criança ao acompanhamento psicológico.

Tempo de tela – Apesar de pais e responsáveis não terem um controle absoluto acerca do conteúdo veiculado na internet é possível limitar o tempo de uso. A psicóloga Joyce esclarece que “o ideal é que as crianças não ultrapassem o tempo de duas horas acessando a internet e sempre que possível os pais devem fiscalizar o que está sendo acessado”. A especialista ressalta ainda a importância de garantir as crianças uma rotina que inclua atividades educativas, esportes e lazer para que as crianças não se limitem apenas ao mundo virtual.

A Momo – A boneca Momo, que tem olhos esbugalhados, pele pálida e sorriso sinistro, aterrorizou crianças e adultos no ano passado com desafios que incentivavam os menores de idade se machucassem ou ferissem amigos e familiares e até a prática de suicídio.



Assessoria de Imprensa/Múltipla Comunicação

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