Maioria do STF vota a favor de tese que pode anular sentenças da Lava Jato.
Ministros do STF durante votação - Foto: Nelson Jr./STF |
O plenário do STF (Supremo
Tribunal Federal) retomou na tarde desta quinta-feira (26) o julgamento do
recurso que pode anular sentenças da Lava Jato e afetar uma das condenações do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O placar até a sessão ser interrompida
e adiada para o próximo dia 2 de outubro é de 6 a 3 a favor da tese que pode
anular sentenças da operação. Neste caso, há maioria formada no tribunal.
Os ministros ainda não se
manifestaram sobre o que fazer com os casos nos quais já houve condenação e
alegações finais simultâneas. Ministra Cármen Lúcia foi a única a afirmar que é
preciso analisar caso a caso, de forma isolada, para saber se houve prejuízo.
Os ministros Edson Fachin,
Luís Roberto Barroso e Luiz Fux afirmaram que não há prejuízo ao réu se
delatores e delatados apresentam suas alegações finais ao mesmo tempo e
rejeitaram revisar condenações que seguiram esse rito.
Alexandre de Moraes, Rosa
Weber, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello
divergiram e defenderam em seus votos que o rito em questão configura prejuízo
ao réu por ir contra o direito à ampla defesa e ao contraditório.
No debate sobre a validade
da tese no caso concreto julgado nesta quinta, no entanto, o placar é de 5 a 4
a favor da anulação da condenação do ex-gerente da Petrobras Marcio de Almeida
Ferreira.
Concederam o habeas corpus
Moraes, Weber, Lewandowski, Gilmar e Celso. Votaram contra o pedido Fachin,
Barroso, Fux e Cármen.
***Com informações da
Folhapress
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