União, estados e municípios precisam trabalhar juntos na distribuição e vacinação contra Covid-19.
Foto: Gerd Altmann (Pixabay) |
Segundo o Governo Federal,
nesse momento, um dos pontos mais importantes é a parte da operacionalização,
ou seja, o envio, distribuição e aplicação desses insumos que vão proteger as
pessoas do novo coronavírus.
Com a divulgação do Plano
Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, o Ministério da
Saúde vai coordenar as ações de resposta às emergências em saúde pública,
incluindo a mobilização de recursos, aquisição de imunobiológicos, vacinas e a
articulação da informação entre as três esferas de gestão do SUS.
As diretrizes visam apoiar
Estados e Municípios no planejamento e organização para vacinar a população, um
assunto importante que precisa ser tratado por todas as esferas de governo e da
operacionalização, ou seja, o envio, distribuição e aplicação desses insumos
que vão proteger as pessoas do novo coronavírus.
Isso porque uma vacina
precisa ser conservada na temperatura certa para não perder a eficácia. O
processo não é simples e necessita de um planejamento sobre como realizar o
transporte desses produtos biológicos evitando que estraguem ou percam o efeito
antes de chegarem aos postos de vacina por todo o País.
De acordo com o secretário de
Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, é preciso criar
estratégias diferentes que se adequem à realidade de cada localidade do País,
uma vez que a vacinação contra a Covid-19 pode exigir diferentes formas de se
organizar entre estados e municípios devido à possibilidade da oferta dos
imunizantes, para diversas faixas etárias/grupos.
“É por isso que quando nós
falamos em vacina, olhamos para esse País de oito milhões e quinhentos mil
quilômetros quadrados, com 27 Unidades Federativas e formado por 5.570
municípios. Esse país, com essas dimensões, possui hoje 38 mil salas de vacina,
podendo chegar a 50 mil postos durante o período de campanha da vacinação e
ainda possuímos 52 Centros de Referência de Imunobiológicos Especializados”, detalhou
o secretário.
Apesar do plano do governo
estar pronto e o Ministério da Saúde já ter se manifestado afirmando que o
documento não é definitivo e vai receber alterações conforme os insumos e vacinas
cheguem, tudo o que não se tem neste momento é tempo, como destaca a professora
da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e pesquisadora do CNPq, Ethel
Maciel.
“O plano menciona, também, o
Instituto Butantan mas ainda de forma muito genérica, pois a gente não consegue
saber quantas doses vão estar disponíveis e em quantos tempo. Isso é uma lacuna
que ainda precisa ser esclarecida. Ainda temos o problema da compra dos
insumos, que ainda não temos a real certeza de quanto tempo vão chegar as agulhas
e seringas que o Governo está comprando. Tudo isso precisa estar claro”,
ressaltou a pesquisadora.
Em relação à distribuição
das vacinas e insumos, o plano do governo destaca a logística de distribuição
para os estados – e deles, posteriormente, aos municípios; vai ser realizada
por envios aéreos e rodoviário, essa última contando com uma frota atual de 100
veículos com baús refrigerados que se encontram em processo de expansão para
150 veículos até o final de janeiro de 2021. Toda frota possui sistema de
rastreamento e bloqueio via satélite. Além disso, o Ministério da Saúde conta
com a parceria do Ministério da Defesa, no apoio às ações em segurança, comando
e controle e logística para vacinação em áreas de difícil acesso.
Fonte: Brasil 61 –
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