VACINAÇÃO: Ministério da Saúde apresenta campanha de vacinação contra Covid-19 para 2022
Governo Federal vai
disponibilizar mais de 354 milhões de doses de vacina para imunizar a população
brasileira no próximo ano.
arcado pela maior campanha de
vacinação da história do Brasil, o ano de 2021 se aproxima do fim, mas 2022
promete ser ainda melhor. Prova disso é que o Ministério da Saúde apresentou
nesta sexta-feira (8), de forma antecipada, o planejamento da campanha de
vacinação contra a Covid-19 do próximo ano. Com tratativas avançadas para
aquisição de novas doses de vacina, o Governo Federal vai disponibilizar à
população brasileira mais de 354 milhões de imunizantes em 2022.
Com um investimento estimado em
R$ 11 bilhões, as doses virão para reforçar ainda mais imunidade dos
brasileiros contra a doença. A Pasta prevê aplicar mais duas doses na população
acima de 60 anos, com intervalo de seis meses; mais uma dose de reforço na
população até 59 anos; e a possibilidade de ampliar o público-alvo da campanha.
A lógica da vacinação em 2022 deixará de seguir o critério de grupos
prioritários para considerar a imunização por faixa etária decrescente.
Para isso, serão adquiridas 120
milhões da AstraZeneca e 100 milhões da Pfizer. Outras 134 milhões de doses
serão de saldo de contratos de 2021. A escolha pelas vacinas leva em conta o
fato de os dois agentes imunizantes terem registro definitivo na Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, considerou-se o custo-efetividade
dos imunizantes de tecnologia “Recombinante” e “RNA mensageiro”, e também por
já estarem integradas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).
"Todas as estratégias
adotadas pelo Governo Federal conferem a esta Campanha de Vacinação contra a
Covid-19 o status de a maior campanha que o Brasil já registrou em toda a sua
história. E entraremos em 2022 ainda mais fortes. O ano de 2021 nos deu
preparo, confiança, segurança, e nos conferiu capacidade para produzir vacina
em solo nacional. Asseguramos que todos os brasileiros terão, ano que vem, uma
campanha muito mais eficiente", contou o ministro da Saúde, Marcelo
Queiroga.
Vale ressaltar também que, com o
fim da pandemia da Covid-19 esperado para 2022, imunizantes que possuem apenas
autorização para uso emergencial não poderão ser usados fora do ambiente
pandêmico. Segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz,
essa norma é regulamentada pela Resolução RDC nº 475, de 10 de março de 2021,
que estabelece os procedimentos e requisitos para submissão de pedido de
autorização temporária de uso emergencial (AUE).
“A figura da autorização para uso
emergencial, seja medicamentos ou vacinas, só faz sentido em um ambiente
pandêmico. Portanto, quando se decreta o fim da pandemia, ou da Emergência em
Saúde Pública de importância Nacional, a chamada ESPIN, deixa de existir essa
figura. Como a gente está falando em 2022, tudo isso deve ser considerado no
nosso processo de planejamento”, contou Rodrigo.
Outro fator considera ainda um
relatório divulgado pela Comissão Nacional De Incorporação de Tecnologias no
Sistema Único de Saúde (Conitec), que indicou que a aquisição da AstraZeneca e
Pfizer geraria, em 5 anos, uma economia aos cofres públicos em torno de R$ 150
bilhões.
"Quero destacar que o mundo
ainda não sabe qual é a forma mais adequada para a vacinação em 2022. Importa
dizer que teremos vacinas disponíveis para reforçar a imunidade dos
brasileiros. Vacinas, inclusive, sendo desenvolvidas em solo nacional. O estudo
na Conitec mostra que as vacinas AstraZeneca e Pfizer são muito custo-efetivas
e criam um impacto decremental no orçamento público. Então, vacinar a população
contra a Covid-19, além de salvar vidas, é muito custo-efetivo para o nosso
sistema de saúde", contou o ministro Queiroga.
Com a articulação do Ministério
da Saúde, o Governo Federal adquiriu para o ano de 2021 mais de 550 milhões de
vacinas Covid-19. Dessas, 301 milhões de doses já foram distribuídas aos
estados e Distrito Federal, e 246,8 milhões foram aplicadas. Os números da
Campanha de Vacinação mostram que 93,2% do público-alvo foram vacinados com a
primeira dose e 61% estão com a vacinação completa. Vale destacar também que
2,1 milhões de doses adicionais e de reforço foram aplicadas.
Fernando Brito/Ministério da Saúde
Nenhum comentário