ALERTA: Infectologista recomenda cuidados redobrados para evitar flurona.
Foto: Andrea Piacquadio no Pexels |
A Paraíba registrou o primeiro
caso da variante ômicron. Em meio à pandemia da covid-19 e com surto da gripe
H3N2, redobrar os cuidados é fundamental para evitar casos de Flurona - a dupla
infecção causada pela contaminação da Sars-CoV-2 e da Influenza A ao mesmo
tempo. O infectologista do Sistema Hapvida em João Pessoa, Fernando Chagas
relata um aumento das síndromes gripais e afirma que a população deve redobrar
os cuidados.
“O caminho para prevenção é um
só: uso de máscara, higienização das mãos e superfícies, evitar grandes
aglomerações e evitar toque e abraço em que os indivíduos se coloquem em
situações de risco de contato de transmissão de doenças respiratórias”,
orientou.
No pacote de síndromes gripais
encontra-se a gripe – causada pela H3N2 (Influenza A) e a covid-19 – causada
pelo Sars-CoV-2 –, em que já foi identificado a prevalência da Delta em alguns
estados, incluindo a Paraíba, e agora a circulação da Ômicron. “Então, primeiro
identificamos como síndrome gripal e após histórico de cada indivíduo é que
vamos buscar saber se pode ser a covid-19, a H3N2 ou ambas”, explica.
O infectologista esclarece que
inicialmente descarta-se os casos de covid e quando as pessoas necessitem de
internação, é então iniciado o processo de investigação da H3N2. Lembra ainda
que o Sistema Hapvida, tem feito teste duplo, que permite diagnosticar a covid
ou a gripe pela gripe H3N2 ao mesmo tempo.
Chagas aponta que encontrar
infecção com duplo vírus não é algo incomum. “Durante o ápice da pandemia no
País, foi identificado pessoas com infecção por vírus da dengue e da covid ao
mesmo tempo; pessoas com chikungunya e covid, bem como com dengue e
chikungunya”, afirma.
O médico destaca que agora o risco
é encontrar na população os dois vírus que atacam o sistema respiratório ao
mesmo tempo. Isso, segundo ele, torna a situação séria por serem dois vírus que
podem levar o indivíduo a sofrer do que chamamos de Síndrome Respiratória Aguda
Grave (SRAG), que é um acometimento grave dos pulmões.
Presença do vírus X Doença –
Fernando Chagas ressalta que apresentar o vírus no organismo humano não
representa necessariamente manifestar a doença. “Se a pessoa é vacinada com
todas as doses da vacina contra covid-19 há uma menor chance de contrair o
vírus e, contraindo, existe uma possibilidade maior de passar pela presença do
vírus no corpo de forma assintomática ou com poucos sintomas. O que,
obviamente, diminui os riscos de uma forma grave até mesmo para dupla infecção”,
assegura.
O especialista afirma que é
imprevisível poder “desenhar” a evolução da doença quando a pessoa tem os dois
vírus e reforça que o que se sabe é que são dois vírus que atuam no sistema
respiratório-pulmonar. “Em jovens adultos sem comorbidades, há uma tendência de
apresentar uma gripe comum. Porém, em populações com maior vulnerabilidade – no
caso, idosos, crianças, pessoas com diabetes descontrolada, doença renal,
pulmonar, gestantes e puérperas –, a presença dos dois vírus pode se tornar um
quadro grave”, alerta.
Testagem – No que diz respeito a
testagem dos possíveis casos, Chagas sugere que o ideal é testar as pessoas que
estão com quadro clínico de SRAG, já que não é possível testar toda população
doente. Já as pessoas com Síndromes Gripais Leves, a orientação é fazer
inicialmente o teste da covid-19, que está disponível em maior quantidade em
todo país. “Sendo assim, o teste rápido de antígeno para covid-19, pode ser
feito em toda população e o teste duplo em pacientes com quadros de SRAG”,
orienta.
Tratamento –“As pessoas que estão
com critérios de gravidade, precisam ficar internadas, algumas precisam de
oxigênio, por vezes é necessário o uso de corticóides e até mesmo antibiótico,
caso venha a desenvolver uma pneumonia”, aponta.
Assessoria de Imprensa
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