Dia Estadual de Combate ao Fumo: Agevisa alerta sobre males provocados pelo tabagismo.
A Paraíba celebra nesta sexta-feira (15) o Dia Estadual de
Combate ao Fumo. A data, segundo o diretor-geral da Agência Estadual de
Vigilância Sanitária, Geraldo Moreira de Menezes, foi instituída pela Lei nº
8.356/2007 com o objetivo de reforçar, em todo o Estado, as ações contrárias ao
uso e à dependência dos produtos fumígenos. “O tabagismo é uma doença que, além
de poder levar os dependentes à morte, prejudica também as pessoas não fumantes
e provoca sérios danos ao meio ambiente”, enfatizou o gestor da Agevisa/PB.
Conforme Geraldo Moreira, o combate ao tabagismo está entre
as prioridades do Governo do Estado. “As ações são coordenadas pela Secretaria
de Estado da Saúde, e contam com a participação efetiva da Agevisa, que atua na
promoção e proteção da saúde das pessoas através de ações regulatórias e,
também, educativas e preventivas, seja por meio de iniciativas próprias, com
capacitações e treinamentos de fiscalização antitabagismo destinados às Visas
municipais, ou pelo apoio e participação direta nas ações desenvolvidas pela
SES/PB e por órgãos parceiros governamentais e não governamentais”, informou.
No combate ao tabagismo, a Agevisa/PB integra e participa
ativamente das ações desenvolvidas pelo Comitê Estadual de Combate ao Fumo, que
reúne as Secretarias de Estado da Saúde, da Educação e da Ciência e Tecnologia,
as Secretarias de Saúde de João Pessoa e Cabedelo, o Procon Estadual, a
Universidade Federal da Paraíba, as Sociedades Brasileiras de Cardiologia e
Pneumologia, o Conselho Regional de Medicina (CRM), a Associação Médica da
Paraíba, Planos de Saúde e outras instituições parceiras.
Comunicação em saúde – Como parte das ações destinadas a
ampliar o alcance das informações sobre os prejuízos causados pelo tabagismo, a
agência reguladora utilizou o espaço do Momento Agevisa desta semana para
alcançar um número ainda maior de pessoas por meio das ondas da Rádio Tabajara.
O informativo radiofônico é veiculado às quintas-feiras dentro da programação
do Jornal Estadual da emissora, que atinge todo o território paraibano e
regiões circunvizinhas.
Em entrevista à jornalista Rosângela Cardoso, a
diretora-técnica de Ciência e Tecnologia Médica e Correlatos da Agevisa/PB,
Vívian Miele, observou que, ao decidir se livrar do tabagismo, o dependente
está tomando uma atitude de respeito à sua própria saúde, à saúde das demais
pessoas e ao meio ambiente.
Vívian Miele também destacou a importância de se investir
cada vez mais no processo de comunicação em saúde para levar a um número cada
vez maior de pessoas a informação sobre os benefícios do abandono do vício do
cigarro, de outros produtos derivados do fumo e, inclusive, dos cigarros
eletrônicos, que também podem causar danos irreparáveis à saúde dos usuários,
levando-os até mesmo à morte.
Variados e perigosos – A diretora-técnica da Agevisa observou
que, além dos cigarros convencionais, há inúmeros outros tipos de produtos
derivados do fumo que podem ser fumados, inalados, aspirados, mascados ou
absorvidos pela mucosa oral. “Todos esses produtos contêm nicotina, causam
dependência e aumentam os riscos de se contrair doenças não transmissíveis,
dentre as quais os vários tipos de cânceres (destacando-se o câncer de pulmão),
doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumonia e acidente vascular cerebral
(AVC)”, enfatizou.
Citando informação do Instituto Nacional do Câncer (Inca) de
que os produtos derivados do fumo são responsáveis por até 90% de todos os
cânceres de pulmão, e se constituem num fator de risco significativo para
acidentes cerebrovasculares e ataques cardíacos mortais, Vívian Miele ressaltou
que, somando-se ao câncer de pulmão, o tabagismo também é responsável pela
ocorrência de vários outros tipos de doenças graves, dentre as quais a leucemia
mieloide aguda e os cânceres de bexiga, de pâncreas, de fígado, do colo do
útero, de esôfago, dos rins, de laringe (que atinge as cordas vocais), da
cavidade oral (boca), de faringe (pescoço) e de estômago.
Cigarros eletrônicos – A diretora-técnica de Ciência e
Tecnologia Médica da Agevisa aproveitou a entrevista para reafirmar que os
cigarros eletrônicos continuam proibidos em todo o Brasil. Ela acrescentou que
a proibição não se restringe aos dispositivos eletrônicos para fumar, mas
alcança todos e quaisquer acessórios e refis destinados ao uso dos cigarros
eletrônicos, inclusive àqueles com alegada (mas sem nenhuma comprovação
científica) propriedade de suplementação alimentar.
Conforme orientação do diretor-geral da Agevisa/PB, Geraldo
Moreira de Menezes, as Vigilâncias Sanitárias estadual e municipais devem
apreender todo e qualquer dispositivo eletrônico para fumar (popularmente
conhecidos como cigarros eletrônicos) que estejam sendo comercializados no
território paraibano. Essa iniciativa, segundo Vívian Miele, tem base na
Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 46/2009, da Anvisa, que proíbe a
comercialização, a importação e a propaganda dos cigarros eletrônicos em todo o
território nacional, cuja eficácia continua vigente em todo o País.
“Para coibir a comercialização dos cigarros eletrônicos na
Paraíba, a Agevisa, em conjunto com o Ministério Público e demais órgãos
parceiros, está sempre atenta ao cumprimento da RDC 46/2009, realizando
blitzen, orientando seus inspetores sanitários, assim como os profissionais das
Vigilâncias Sanitárias municipais, para que apreendam os produtos, quando
encontrados, e responsabilizem os infratores”, ressaltou.
Assessoria
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