Baraúna completa 30 anos de emancipação política com muita festa.
Nesta segunda-feira, 29 de abril, o município de Baraúna comemora 30 anos de emancipação política. A Gestão Municipal baraunense realiza uma série de atividades comemorativas pela passagem da data, inclusive com a realização de shows em praça pública com grandes atrações musicais, já neste sábado, dia 27. Confira abaixo as atrações musicais e horários das apresentações.
Francisco Araújo
O município de Baraúna situa-se na região centro-norte do
Estado da Paraíba, Mesorregião Borborema e Microrregião Seridó Oriental
Paraibano, limitando-se com os municípios de Sossego, Cuité, Pedra Lavrada,
Picuí, abrangendo uma área de 56,5 km². A sede do município tem uma altitude
média de 626 metros, distando da capital cerca de 200 km, sendo seu acesso, a
partir de João Pessoa, efetuado através das rodovias pavimentadas BR-230 e
PB-104.
O topônimo Baraúna provém do nome de uma árvore de médio
porte, baraúnas, árvore típica da caatinga, existente em abundância próximo a
um olho d'água (Próximo onde hoje é o Cata Vento da Olaria) que servia de
bebida para os rebanhos bovinos de criadores da região.
Conheça sua História
A região foi ocupada a partir de 1800 por famílias de
pecuaristas, criadores de gado de corte, as famílias pioneiras foram a Família
Barbosa que habitavam próximo aos sítios Pedra Vermelha, Família Rodrigues que
habitavam na região do Sítio Currais, ambos Vindos de Brejo de Areia e a
Família Galdino vinda de Soledade (Paraíba) que fizeram morada onde hoje é o
sítio Catolé. Em 1890 também chegou ao local um Senhor denominado Francisco
Italiano que adquiriu terras no entorno do sítio Caraibeira, nas proximidades
de um olho d’água em um riacho, próximo a este olho d’água existia uma grande
quantidade de árvores Baraúna, (riacho este que hoje fica localizado o cata
vento da Olaria) como finalidade de também se criador de gado, o mesmo
construiu sua residência próxima ao riacho, e iniciou a sua criação de bois.
Na década de 20, já com o senhor Francisco Italiano, morando
em suas terras, surge em toda região um Surto de Varíola, popularmente
conhecida por Bexiga, a esta bexiga (Varíola), foi dado o nome de Bexiga
Taboca, pois para a população se tratava de uma doença mais forte que a normal,
nos arredores do sítio do senhor Francisco era grande a mortalidade causada
pela doença, deixando todos amedrontados e cautelosos, pois a doença não
cessava. Preocupado com o acontecido, o Senhor Francisco Italiano, resolveu
então apelar para sua devoção católica e fez uma promessa para Nossa Senhora do
Desterro, que se a santa protetora contivesse a epidemia, ele construiria uma
capela em sua homenagem, milagrosamente a tão assustadora e mortal epidemia
teve fim em pouco tempo, e como tinha sido prometido, a pequena capela foi
construída no mesmo ano de 1929 e inaugurada no dia 6 de Janeiro de 1930 com
uma missa celebrada pelo Padre Luiz Santiago da Paróquia de Cuité e Picuí, a
pequena capela teve um papel muito importante na construção do que hoje é nosso
município e nossa cidade, no desenvolvimento da agricultura, comércio, cultura,
e na formação do povoado das Braúnas, pois a parti da construção da pequena
capela foi iniciado a construção de residências em seu entorno, o que antes era
fazenda passou a ser a povoado das Braúnas.
Na década de 30 chegou à região o senhor José Lourenço que
veio do interior do Rio Grande do Norte, o mesmo comprou partes de terra de seu
Francisco Italiano onde foi sua residência, fixando-se como morada de lado da
capela. O Senhor José Lourenço vendo as necessidades do povoado de ser tudo
distante, teve a iniciativa de abri um pequeno comércio no povoado, onde o
pequeno comércio serviu para a expansão da comercialização dos produtos
produzidos nos sítios do entono da capela, o pequeno comércio também serviu
para que a população local não precisasse se dirigir as feiras longes, onde
antes eram os locais de comprar mantimentos como as feiras de Picuí, Cuité e de
Barra de Santa Rosa.
Assim sendo a região começou a desenvolver outras práticas
comerciais além da Pecuária de criação de gado de corte, iniciou a produção
agrícola comercial no povoado através da comercialização das mercadorias pelo
senhor José Lourenço. O Padre Luiz Santiago foi o precursor desta prática
agrícola do município, o mesmo foi responsável por trazer culturas agrícolas
como o sisal, algodão e incentivou a produtividade comercial destas novas
culturas implantadas por ele nos entornos da capela, assim sendo transformou a
realidade da população e com isto foi trazido mais uma prática econômica na
região, desenvolvendo e trazendo mais famílias para trabalhar e produzir
produtos agrícolas.
O senhor José Lourenço teve grande influência na cultura
Baraunense, onde ele em suas viagens as regiões do Brejo Paraibano para vendas
dos produtos agrícolas de seu comércio, trouxe ao povoado os folguedos
brejeiros e cultura daquelas terras, introduzindo nas terras braunenses
culturas como: Boi de Reis, Pano de Roda, Casamento Matuto, João Redondo,
Bonecos de Mamulengo, Corridas de Argolinhas, Teatro de Marionete, Cantoria de
Viola, assim desenvolvendo ainda mais as proximidades da pequena capela.
Por consequência da evolução comercial e de novas famílias
que se situavam nas adjacências da pequena capela o pequeno povoado que ali
existia passou a ser distrito que foi criado com a denominação de Baraúnas,
pela lei estadual nº 2646, de 20 de dezembro de 1961, subordinado ao município
de Picuí desenvolvendo-se mais ainda, nesta época o distrito já contava com uma
estrutura de escola, feira livre, capela, mercearias.
A emancipação política ocorreu pela lei estadual nº 5899, de
29 de abril de 1994, desmembrado de Picuí. Com a criação, o local passou a
chamar-se Baraúna.
*Fagner Giminiano – Via Wikipédia
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