Família denuncia negligência após jovem esperar quatro dias para retirada de bebê morto da barriga em João Pessoa.
Caso ocorreu no Hospital da
Mulher, em João Pessoa, e a família registrou boletim de ocorrência. A
Secretaria de Saúde afirma que a jovem foi orientada e decidiu manter o parto
normal.
Uma jovem de 21 anos
aguardou quatro dias pela retirada de um bebê morto da barriga, em João Pessoa.
Segundo a família, a mulher recebeu a notícia da morte do filho na quinta-feira
(4), mas a paciente só foi encaminhada para a cesárea nesta segunda-feira (8).
Um boletim de ocorrência foi registrado por suposta negligência médica.
Em nota, a Secretaria de
Saúde da Paraíba (SES-PB) afirmou que a paciente foi orientada pela equipe
médica sobre as possibilidades de condução do parto, decidindo manter o parto
normal em razão dos riscos da cesárea. A SES afirma ainda que, na manhã desta
segunda, por decisão da paciente, optou-se por não dar continuidade ao parto
normal e foi iniciada a cesariana.
Segundo a TV Cabo Branco, a
jovem já estava no final da gravidez, com cerca de 38 semanas, quando sentiu
várias contrações e procurou o Hospital da Mulher, no bairro de Cruz das Armas,
em João Pessoa. Na unidade hospitalar, ela realizou uma ultrassonografia que
detectou excesso de líquido e batimentos cardíacos anormais no bebê.
A equipe também fez um exame
de toque na paciente, e houve sangramento. Apesar disso, a família afirma que a
médica encaminhou a mulher de volta para casa, relatando que era normal, e
teria orientado que, se a criança não se mexesse, ela deveria retornar ao
Hospital da Mulher.
No dia seguinte, a criança
não se mexia e ela voltou à maternidade. Quando chegou ao local, a equipe
médica detectou a morte fetal. A partir disso, a jovem começou a aguardar a
retirada do feto do corpo, mas, segundo a família, o hospital alegou que era
mais perigoso que ela realizasse a cesárea.
“Botaram ela em uma salinha,
deram mil e uma opções, toda vez que a gente falava em cesárea, eles diziam que
era melhor normal, era melhor a indução, que ela ia sofrer menos, que se fosse
pra cesárea ainda tinha que esperar porque as salas do bloco cirúrgico estavam
ocupadas”, afirmou Jéssica, irmã da paciente.
A família afirmou que o
hospital estimulava o parto natural do bebê morto. “Eles aguardaram 96 horas,
depois de induzirem de todas as formas, e ver que ela não ia conseguir de um
parto normal. Agora que botaram ela em uma sala de cirurgia, após uma infecção
urinária”, afirmou a advogada Juliana Ribeiro, que representa a família.
A previsão é que a jovem entre na sala de cirurgia para realizar o procedimento no início da tarde desta segunda-feira.
Por g1 PB


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